segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Muitos ministérios para pouca eficiência




Para dar espaço ao PSD, o partido do sempre governista e fisiológico prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, a presidente Dilma Rousseff cogita criar o 39o ministério: da Micro e Pequena Empresa.

Frente a essa notícia, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) fez um ranking sobre o número de ministérios mundo afora. O Brasil está disparado na frente entre os mais inchados. Venezuela, por exemplo, conta com 29; Equador, 28; Chile e Bolívia, 20; Peru, 17; e Argentina, 15.

É possível acrescentar mais países no ranking de Onyx. Maior economia do mundo, os EUA possuem 15 ministérios, que somados às secretarias chegam a 23. A Alemanha tem 18 ministérios e o México, 19. Já a Argentina possui 16 ministérios, o Chile, 22, e a Alemanha, a quarta maior economia do Mundo, também 16.

A verdade é que entre 2002 a 2012, quase dobrou o total de ocupantes da Esplanada dos Ministérios. Há dez anos, eram 21, somando, além dos ministros, os secretários com status ministerial. Atualmente são 38.

Para fazer funcionar esses ministérios, no mesmo período aumentou também o número de servidores ativos do Executivo Federal e, por consequência, o custo da folha de pagamento. O contingente de servidores passou de 809,9 mil para 984,3 mil. Já os salários, que consumiam R$ 59,5 bilhões em 2002 (ou R$ 115,9 bilhões em valores já corrigidos), chegaram a R$ 154,5 bilhões até agosto deste ano.

Mas a fome burocrática do governo não para. A presidente Dilma Rousseff ainda pode ampliar esse recorde e chegar a 40ª pasta, se cumprir a promessa de criar o Ministério da Irrigação Nacional. O compromisso foi feito aos governadores do Nordeste no início do ano.

Se tantos ministérios fossem criados para o bem da população brasileira, ótimo. Mas o inchaço da máquina possui, sobretudo, a função de amenizar o apetite político por cargos da base aliada e a fome de poder das diversas tendências do PT.

Um caso emblemático é o ministério da Pesca, em geral ocupado por pessoas que não entendem nada do assunto, como a  ex-senadora Ideli Salvatti e o titular atual, senador Marcelo Crivella (RJ).

E nesse governo onde partidos indicam ministros sem pensar na competência, haja escândalos. Por suspeitas de irregularidades já caíram os ministros do Trabalho, Transportes, Esportes, Turismo entre outros.

Do ponto de vista financeiro, o governo costuma ser cruel com esses ministérios de fachada. Poucos possuem uma execução orçamentária eficiente. Em vários casos tornam-se apenas pastas para o companheiro ter.

Mas não é possível dizer que os petistas não tentaram resolver o problema da acomodação política. Ao tomar posse, em 2003, o governo do PT não quis dividir ministérios. Preferiu distribuir dinheiro desviado do patrimônio público para parlamentares. A prática resultou no escândalo do mensalão.

O jeito então foi duplicar a estrutura do Estado criando um verdadeiro monstro burocrático cheio de estruturas que competem entre si.

E nem mesmo a multiplicação de cargos tem surtido mais efeito. Levantamento publicado no domingo pelo Estado de S. Paulomostrou que a taxa média de governismo dos maiores partidos da base está no nível mais baixo nos 23 meses de Dilma no Planalto: 65%. Das últimas dez votações nominais, ela perdeu quatro. A fidelidade a Dilma vem caindo semestre a semestre.

Qual a opinião pública sobre o inchaço nos ministérios? Segundo pesquisa Datafolha realizada em janeiro, 44% dos entrevistados dizem que o número de ministérios é maior do que o País precisa, enquanto 29% afirmam que ele é adequado, 15% o acham insuficiente e 11% não souberam responder.

O Democratas é pelo enxugamento e pela eficiência das estruturas administrativas.

Fonte: Imprensa Democratas

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