quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Um orgulho NEGRO



Hoje, dia 20 de novembro, é comemorado o Dia Nacional da Consciência Negra. Data escolhida por coincidir com a morte de Zumbi dos Palmares, líder dos Quilombos dos Palmares, em 1695.
Não se pode negar a importância do negro na formação da cultura nacional. A nossa colaboração está presente em todas as costuras do tecido social, é inegável. Seja nos aspectos sociais, económicos, religiosos, políticos, gastronómicos. É importante o negro conhecer a sua história, reafirmando assim, através do conhecimento, o orgulho negro, o orgulho da cultura afro brasileira.
Infelizmente o negro no Brasil se destaca nos indicadores negativos, a cada nova pesquisa o resultado é velho. Em Salvador e região metropolitana, por exemplo, a disparidade é irrefutável. Mais de 90% dos desempregados são negros. Além dessa marcar contundente, nota-se também que a população negra é conduzida as situações mais precárias e de menor remuneração. Esse é apenas um, dos muitos exemplos que podemos citar.
Não podemos negar os avanços, mas certamente ainda estamos distantes do caminhar que irá gerar as verdadeiras transformações. O problema a ser enfrentado é bem complexo e necessita de soluções inovadoras.
As desigualdades sociais no Brasil continuam por avançar. Infelizmente a educação em nosso país não recebe a devida atenção, dificultando ainda mais a nossa ascensão na pirâmide social. A luta por uma educação de qualidade, que ofereça dignidade e oportunidade a todos, é um passo importante para nosso povo avançar socialmente e buscar o seu espaço.
Nós precisamos de representações que não se norteiem pelos aplausos ou pelas vais, que tomem medidas impopulares, se necessário, mais que busque a verdadeira mudança.
Não poderia deixar de citar Martin Luther King, uma das minhas referências. O mesmo foi atacado pelo seu próprio povo, pelos que achavam que ele avançava rápido demais e pelos que achavam que ele avançava devagar demais. Na minha humilde opinião, MLK encontrou o caminhar que nos levará a verdadeira mudança.
O orgulho negro está em mim, está na minha aceitação, está na minha personalidade em enfrentar os desafios e as adversidades. Está na minha luta e desejo de mudança, ainda que não seja entendido, por alguns. O meu orgulho me faz continuar lutando, por aquilo que acredito. O meu orgulho está no conhecimento da nossa contribuição, da nossa pluralidade. O meu orgulho está em saber, que os alicerces desse país, tem a nossa contribuição.

Bruno Alves
Presidente da Juventude Democratas da Bahia

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