quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Intolerância à cubana




O Brasil pôde constatar nesta semana que o fascismo está presente entre nós. Mas, surpreendentemente para quem não está ligado em política, o germe autoritário corre é nas veias dos movimentos de esquerda.

Grupos ligados ao PC do B, ao PT, monitorados pela embaixada de Cuba, e contando com a omissão e mesmo a participação explícita de um funcionário do Palácio do Planalto, se lançaram em uma cruzada medieval contra a blogueira cubana Yoani Sánchez, em visita ao país.

Houve movimentos organizados para boicotar todas as falas de Yoani. Não preferiram ouvir a cubana e apresentar contra-argumentações. Preferiram apenas promover manifestações de força contra a dissidente. No Brasil não há mais os camisas verdes, os fascistas dos anos 30. Foram substituídos pelas camisas vermelhas de militantes estudantis intolerantes.

E qual o maior pecado de Sánchez? Ora, ela se opõe a uma ditadura, em tese de esquerda, dos glorificados irmãos Castro, no poder desde 1959. E para injuriar a blogueira vale tudo, inclusive insinuações sobre sua vida pessoal.

Mais do que uma tentativa de desqualificação ou ofensa política o fascismo possui características objetivas, a saber:

·        Existência de um líder carismático para conduzir a nação;
·        Um Estado poderoso que controla a economia e a política;
·        Manifestantes voluntarista prontos a obedecer o líder a despeito da lei;
·        Menosprezo pela democracia e ódio ao liberalismo;
·        Militarismo;
·        A existência de uma classe intelectual pronta a justificar o sistema;
·        Truculência frente ao contraditório.

Frente a essas colocações, é difícil não considerar as movimentações contra blogueira uma atitude fascista.

Yoani Sánchez foi elegante frente aos atos contra ela. Lembrou que em Cuba tais protestos não seriam possíveis. “Queriam me linchar e eu conversar”, disse.

Enquanto os patrulheiros do Brasil andam tão preocupados com a presença de uma blogueira cubana, a presidente Dilma Rousseff se prepara para visitar mais uma ditadura.

Dilma irá à Guiné  Equatórial, onde o  presidente Obiang Nguema Mbasogo está há 34 anos no poder. Segundo a ONG Human Rights Watch, Mbasogo é um dos líderes mais corruptos do mundo. O país é conhecido como “Auschwitz da África”.

O caso Yoani, infelizmente, é apenas uma faceta de um grupo ligado ao poder que acha que tudo vale para destruir com quem não comunga com suas ações e ideias.  

Outra vítima habitual das injúrias raivosas tem sido o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Hoje, no evento de comemoração do aniversário do Partido dos Trabalhadores, a tônica não é só fazer festa, mas atacar o ex-presidente.

Assim como ocorre contra Yoani Sánchez, a principal arma da agressão contra FH é a mentira.  Uma cartilha que será distribuída aos militantes faz uso de falsificações grosseiras para comparar a era PT com o governo FH.

Um detalhe curioso é que a capa do panfleto petista possui a estética do realismo socialista soviético, comandado por Stalin.

Editorial do Estado de S. Paulo lembrou hoje as sábias palavras de uma militante política alemã, por sinal comunista, Rosa Luxemburgo “A liberdade é quase exclusivamente a liberdade de quem discorda de nós”. A citação não foi compreendida pela esquerda brasileira...

O Democratas, também nesse sentido, é o partido da liberdade. O deputado Mendonça Filho (PE) foi um dos primeiros a protestar contra os seguidos absurdos ocorridos no Brasil e apresentou um pedido de proteção para a blogueira.

Nas palavras do presidente José Agripino, Yoani é apenas uma profissional que busca praticar a democracia em Cuba.

Fonte: Imprensa Democratas


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