sábado, 27 de março de 2010

Segurança Pública - Um desafio político na América Latina


Durante o seminário internacional de “Segurança Pública” – Um desafio Político na America Latina, promovido pela Fundação Liberdade e Cidadania, entidade ligada ao partido Democrata e Fundação Konrad Adeneauer, ocorrido no Hotel Pestana em Salvador, reuniu especialistas em segurança pública do Brasil, México, Paraguai, Venezuela, Chile, Argentina, Panamá e Colômbia.

Ficou claro que o grande problema da America Latina é o trafico de drogas. Para Cesar Maia, ex-prefeito do Rio de Janeiro a repressão mexe no preço das drogas não na oferta. Ou seja, é necessário um trabalho eficiente e continuo para que a oferta seja atingida.

Para Paola Holguín, assessora do Presidente da Colômbia, é necessária fortalecer a Democracia e acabar com brigas entre esquerda e direita, a segurança não é divisora de ideologias.

A questão da insegurança na Bahia não foi esquecida no seminário. Logo na abertura o Dr. Peter Fischer-Bolin, representante no Brasil da Fundação Konrad Adenauer, citou que na sua passagem pela Bahia em férias familiares na capital baiana, ao se deslocar para o interior baiano passando por Feira de Santana, tomou conhecimento de três homicídios na cidade, ao perguntar sobre o assunto foi informado que o acontecimento era normal na região.

O parlamentar ACM Neto, declarou que no Brasil, o modelo de segurança pública está muito dependente dos governos federal e estadual. É preciso uma maior participação das prefeituras. Já o presidente do PSDB baiano, Antonio Imbassahy, afirmou que nos últimos três anos, enquanto em São Paulo o número de homicídios caiu 39%, em Salvador houve um aumento de 90%. Logo em seguida Imbassahy perguntou: O que mudou? As pessoas, a legislação, não. Mudo o governo. O governo é incompetente e incapaz de fazer uma boa gestão na segurança pública como vem sendo realizado em São Paulo.

O governo da Bahia foi mais uma vez criticado pelo secretário de segurança de São Paulo, Antônio Ferreira Pinto, que condenou o descaso e a falta de investimento na polícia técnica baiana e afirmou que o investimento na polícia técnica de São Paulo é fundamental para o esclarecimento de crimes através da produção de laudos e apresentação de provas consistentes. Já o ex-secretário nacional de segurança criticou a propaganda do governo baiano que responsabiliza o crack por 80% dos homicídios na Bahia.

O que pudemos observar no seminário além das mazelas da America Latina, é que a Bahia vive um momento crítico no que tange a segurança pública e o pior é que as ações não vêm sendo tomadas como deveriam ser. A falta de investimento na segurança é o principal responsável pelo crescimento alarmante de homicídios na Bahia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário