O IBGE anunciou o novo número de
ocupação na indústria brasileira: queda de 0,2% em julho.
No acumulado do ano, a queda é de
0,8% e nos últimos doze meses o resultado é de -1,2%.
Em comparação com julho do ano
anterior a queda é de 0,8%, o 22o índice
negativo consecutivo.
O impacto negativo ocorreu em 12 dos
14 locais pesquisados e em 12 de 18 setores da indústria. Entre os setores que
tiveram alta estão fumo (6,8%), borracha e plástico (3,4%), alimentos e bebidas
(1,8%), meios de transporte (1,5%), produtos químicos (1,4%), indústrias
extrativistas (0,8%) e metalurgia básica (0,2%).
Mas salta aos olhos as quedas em
alguns setores:
· Calçados e couro (-5,5%)
· Madeira (-5%)
· Refino de petróleo e álcool (-4,8%)
· Produtos de indústria de transformação: (-3,6%)
· Produtos de metal (-3,5%)
· Têxtil (-4%)
Nos últimos doze anos, a queda
na ocupação foi registrada principalmente no Nordeste (-4,3%), puxada por
Pernambuco (-5,3%) e Bahia (-7,4%).
Em um ano, são expressivas as quedas
em alguns setores como a indústria de calçados (-5,5%), refino de
petróleo e produção de álcool (-14,4%).
Os números de ocupação da indústria
assim como da produção industrial caem há algum tempo. Ao mesmo tempo, os
índices de consumo do país continuam em alta, apesar de leve desaceleração. De
acordo com o IBGE, o volume de vendas no comércio subiu 5,5% nos últimos anos.
No Brasil o crescimento das vendas no
comércio foi de 106% nos últimos dez anos, fruto da política aberta do governo
do PT em estimular o consumo em detrimento da competitividade de nossa produção
e da infraestrutura.
O problema é que a nação começa a
pagar o preço. Os números da indústria mostram que nossos produtos, mesmo
de qualidade, não conseguem mais fazer frente ao que vem de fora no momento de
suprir a demanda do comércio.
E nem mesmo a desvalorização do Real
parece compensar tantos impostos, tantas dificuldades para a venda, tanta
burocracia.
Esses números da indústria mostram
que a decisão “estratégica” do governo de focar no consumo e esquecer outros
setores da economia acabou por asfixiar o país. O resultado a longo prazo, sem
correção de rumo, é que fiquemos sem poder consumir e produzir.
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