quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A máquina da propaganda contra a verdade dos fatos



A máquina de propaganda petista, como sempre, continua a apontar para todos os lados atirando disparates, verdades parciais, mitificações e ilusões.

Na última sexta-feira, por exemplo, a presidente Dilma Rousseff fez um pronunciamento no qual afirma que o Brasil está entre os países que mais cresce no mundo.

Usou apenas os dados do segundo trimestre. Faltou dizer que quando se leva em conta os números de um ano inteiro, o Brasil está entre os lanternas de seu continente, a América Latina, no critério desenvolvimento.

Mas a área social é a grande fábrica de mitificações do governo. Tentam, a todo custo, passar a ideia de que o Brasil era um País completamente indigente em 2003, mas com a criação do programa Bolsa Família e outras ações, praticamente superamos a maioria de nossos graves programas sociais. 

Há momentos em que nem vale mais discutir de onde surgiu a ideia de um programa nacional de transferência de renda. Mas, para tirarmos as dúvidas, basta procuramos na internet vídeos em que o ex-presidente Lula agradece ao governador de Goiás, Marconi Perillo, pela ideia de unir todos os programas sociais da era FH em um só, ou outro no qual Lula ataca a concessão de bolsas à população.

O mais importante nessas horas, é ir aos fatos, em geral inimigos da máquina de propaganda petista. A realidade mostra que o Brasil está muito longe de resolver o problema da miséria.

Para começar, com a valorização da moeda americana em 40% e como o critério utilizado para definir a linha de miséria e renda é de US$ 1,15 por dia, o governo teria que admitir que milhões voltaram para miséria (no mínimo 7,2 milhões de pessoas).

Se formos considerar também o IPCA, o número de pessoas que voltou à pobreza chega a 22 milhões.

Mas, então, para sair das rusgas políticas, por que não adotamos um consenso de introduzir como critério de miséria uma combinação de fatores como renda, saneamento, educação, índice de mortalidade infantil, de longevidade entre outros? O problema é que um índice de miséria mais completo iria mostrar uma série de fragilidades das ações governamentais.

Confiram mais alguns números: o censo do IBGE, de 2010, mostrou um Brasil que a renda per capita de 60,7% das famílias brasileiras é inferior a um salário mínimo por mês. O número de famílias nessas condições é de 34,7 milhões. Em 2000, o percentual era de 66%. Houve avanços sim, mas não tão formidáveis quanto se imaginava.

O analfabetismo em idade superior a 15 anos decresceu apenas 0,25 pontos percentuais por ano na última década, caindo de 13,6% para 9,6%. No Nordeste, o índice de pessoas que não sabem ler alcança 17,6%.

O IDHM brasileiro subiu 24,1% nos anos 90, que coincide predominantemente com a gestão do PSDB/DEM, e 18,8% na década, marcada pelo governo Lula.


A média de escolaridade no Brasil: 7,2 anos, é a mais baixa do continente sul-americano, junto com o Suriname.

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