terça-feira, 24 de maio de 2011

Governo da Bahia não diz a verdade sobre educação.



Professores ironizam barba de Wagner.

Os professores universitários publicaram nos jornais da baiana informe publicitário afirmando que o governo da Bahia não diz a verdade sobre a situação da educação superior no estado. A nota, dura, desmente a propaganda oficial de Jaques Wagner sobre a ampliação nos investimentos nas universidades públicas do estado. Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pelos docentes, que estão em greve.

Cortes de salários:
- O governo Wagner mantém a postura autoritária de governos anteriores ao cortar os salários dos professores em greve. A greve é um direito constitucional conquistado pelos trabalhadores;
- Sem salários, cerca de cinco mil professores não têm condições de pagar suas contas como luz, água e telefone;
- Cortar salário é desrespeitar o trabalhador!

Ampliação de investimento:
O governo Wagner afirmou que fez incrementos recordes no ensino superior, no entanto, a educação teve queda de investimento prejudicando a sociedade baiana. Em quatro anos do Governo Wagner, a educação perdeu cerca de 1 bilhão de reais.

Enrolação na negociação:
Desde novembro de 2009, solicitamos uma reunião para tratarmos de nossas reivindicações. No entanto, só depois de um ano o governo abriu as negociações com os professores. No dia marcado para assinar o acordo salarial, o governo impôs uma condição nova para fechar o acordo: "não poderíamos reivindicar novos ganhos salariais por quatro anos". Com esta condição, o governo paralisou as negociações. Só com greve dos professores e apoio da população baiana ao movimento, o governo reabriu as negociações. Mas, o governo na demonstra disposição para o diálogo, o que é necessário para uma verdadeira negociação.

Defasagem salarial:
A Bahia é o estado mais rico do Nordeste, entretanto o governador paga aos professores das universidades estaduais o segundo pior salário da Região. Temos perdas salariais em mais de 40%. O acordo salarial poderá dar ganhos salariais aos professores entre 7 e 18% apenas em 2014, mas não irá nos tirar da condição de piores salários do Nordeste. Por que o governo não quer que os professores façam novos acordos salariais nos próximos quatro anos? Será que sua intenção real é esvaziar as Universidades Estaduais forçando os professores a migrarem para outras instituições em busca de melhores salários e condições de trabalho e assim diminuir suas despesas e responsabilidades com o Ensino Superior baiano?

Decreto 12.583/11– Bloqueios de direitos:
O governador baixou um decreto que bloqueia direitos dos professores garantidos por Lei. Esse decreto impede, por exemplo, que professores possam ser liberados para se qualificar em cursos de mestrado e doutorado, prejudicando a qualidade do ensino e das pesquisas nas universidades.

Infraestrutura precarizada:
Falta de salas de aula, equipamentos, livros, bibliotecas e laboratórios adequados para aulas práticas;
Falta de condições adequadas para consolidar diversos cursos de mestrado e doutorado.
Concursos insuficientes para atender as necessidades urgentes das universidades.

A nossa luta também é sua:
Neste momento, os professores das Universidades Estaduais estão em greve em defesa da Educação Superior para que o governo mude sua política de sucateamento da Educação e respeite os nossos direitos garantidos por leis. As universidades, patrimônio do povo baiano, devem cumprir o seu papel social hoje e no futuro. Esse é um direito dos baianos e dele não abrimos mão!

Fonte: www.acmneto.com.br

Um comentário:

  1. agente coloca esses safados no poder,e acaba se prejudicando.Eles engordam o bolso e esquecem os compromissos com quem botou eles lá.Nós só queremos o nossos direitos.Antigamente isso não acontecia.Agora político faz o que quer.Temos que colocar eles pra fora antes de terminar o mandato senão eles enchem os bolsos e saem ainda dando risada da nossas caras de otário que votamos para eles.

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