segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O JANTAR DECRÉPITO



O cenário político brasileiro precisa ser renovado. Para essa renovação acontecer de forma saudável é importante à participação da juventude, seja ela partidária ou não. A juventude deve ser um agente de mudança, participando e criando debates, tendo voz ativa e caminhar livre.

Com muita indignação e tristeza, tomei conhecimento do jantar organizado pela juventude do PT, para arrecadar fundos e pagar multas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) aos condenados do Mensalão.

Como dizia o dramaturgo, escritor e jornalista, Nelson Rodrigues: “Nada mais cretino e mais cretinizante do que a paixão política. É a única paixão sem grandeza, a única que é capaz de imbecilizar o homem”. Essa frase sintetiza o comportamento torpe de uma juventude que vem demonstrando já está caduca, quando o assunto é política e principalmente em defesa do seu partido (PT).

O Mensalão é o maior esquema de corrupção, nunca visto antes, na história desse país. Compra de votos de parlamentares em troca de apoio ao governo Lula. Por incrível que pareça, o então presidente Luis Inácio Lula da Silva assegura desconhecer o esquema que favoreceu seu governo.

No jantar oferecido pela juventude do PT de Brasília, foram oferecidos 170 convites, 150 foram vendidos. Apenas 70 se despiram da vergonha e marcaram presença.

Qual mudança desejada pela juventude do partido dos trabalhadores? Essa é a tão falada revolução? Corromper por projeto de poder? Será que assistiremos filas nos presídios quando os condenados estiverem cumprindo as penas? Será que o ego solitário de José Dirceu está preterindo a juventude do seu partido? Será que essa juventude quer realmente alguma mudança?

Definitivamente, não é esse o comportamento que se espera da juventude. Nós somos maiores do que isso, nós não somos as migalhas de um processo corrompido. Nós somos a mudança tão aguardada, esse é o nosso tempo, não vamos desperdiçar mais essa oportunidade e perder mais uma geração.

Cortar na própria carne é doloroso e causa muita frustração, mas é necessário. Recordo-me com tristeza, quando a Juventude Democratas tomou conhecimento do envolvimento do então senador Demóstenes Torres com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Causando grande decepção entre os jovens que militam no partido.

Ao contrário da Juventude do PT, a Juventude Democratas cobrou ação célere e exemplar em relação a Demóstenes. “Nós jovens Democratas não aceitamos arcar com o ônus  de comportamentos individuais, equivocados que não representam a postura esperada de qualquer representante do Democratas no Congresso Nacional”, afirmou Henrique Sartori, presidente nacional da Juventude Democratas.

O corrupto pode bater na porta de qualquer partido, mas é a forma que ele é tratado que nos define. Nós membros da Juventude Democratas não aceitamos caminhar com a improbidade. Não é com tiflose partidária, que iremos conquistar as mudanças necessárias para nosso país avançar.


Bruno Alves
Presidente da Juventude Democratas Bahia

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