domingo, 11 de julho de 2010

NA EDUCAÇÃO, A BAHIA TAMBÉM NÃO CONSEGUE SER APROVADA.


O MEC-Ministério da Educação estabeleceu um sistema de “notas” para o ensino básico no país. É o IDEB-Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Na última avaliação, realizada em 2009, Acre, Ceará e Rondônia são os únicos estados do Nordeste e Norte entre os que tiveram melhores notas. A Bahia foi reprovada.

O IDEB é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar obtidos no Censo Escolar de acordo com informações enviadas pelas próprias escolas e redes; médias de desempenho nas avaliações do INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira e a Prova Brasil para os municípios.

O índice que vai de 0 a 10, foi criado em 2007. O IDEB serve tanto como diagnóstico da qualidade do ensino brasileiro, quanto como sinalizador para as políticas de distribuição de recursos financeiros, tecnológicos e pedagógicos do MEC.

Se uma rede escolar, obtiver uma nota muito ruim, ela terá prioridade de recursos. Dos 5404 municípios brasileiros avaliados em 2009, 84,9% atingiram as metas estabelecidas.

A Bahia entretanto não alcançou nenhuma das meta nacional do IDEB, nas séries iniciais, finais e no ensino médio.

O pior resultado da avaliação do IDEB também cabe à Bahia: o município de Apuarema, no sul do estado, teve média 0,5 – a mais baixa entre os 5404 municípios.

Além disso, a Bahia contribui com seis entre os dez municípios brasileiros com as piores notas nas séries iniciais do ensino fundamental: Pedro Alexandre, Nilo Peçanha, Manoel Vitorino, Dario Meira e Pilão Arcado.

Já na lista das 10 melhores notas do país, não aparece nenhum município baiano.

Estamos cansados de saber que a Educação é o primeiro passo para se resolver incontáveis outros problemas sociais e para garantir no futuro conquistas realizadas agora.

Tanto é assim que até 2021, o governo espera que os níveis fundamental e médio atinjam a nota 6, média da educação nos países membros da OCDE-Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, que participam do PISA-Programa Internacional de Avaliação de Alunos.

São países como Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Suécia, Finlândia, Coréia do Sul, Japão, Uruguai, México e Rússia, dentre outros.

Ou seja, enquanto o governo federal segue no caminho certo da educação, buscando qualificar os ensinos fundamental e médio, o atual governo estadual segue na contramão.

Esquecendo o futuro, abandonando as estruturas físicas do ensino, deixando de qualificar e valorizar a carreira dos professores e permitindo assim -além dos resultados medíocres obtidos em qualquer avaliação- uma evasão altíssima de alunos. Enquanto através de sua farta propaganda mostra tanto orgulho com os números inflados do TOPA, que é um programa de inclusão social do governo federal de grande importância para a cidadania, o governo estadual esquece a educações fundamental, média e profissionalizante, que formam o futuro.

Não podemos perder ano após ano, em nenhum setor do desenvolvimento, porém a educação é prioritária.

Precisamos qualificar nossos jovens, adequar os currículos à realidade do mercado de trabalho e acima de tudo valorizar o professor.

Sem bons mestres não existirão bons alunos.

Ver a Bahia como um dos estados em que se pratica a pior educação no Brasil, é triste. Precisamos reverter este quadro com urgência.

Precisamos levar a Bahia de volta aos primeiros lugares em educação, seguindo exemplos como do próprio Anísio Teixeira, baiano que ainda hoje é referência no tema. Isto, mais que uma meta de governo, é um compromisso moral que temos com a nossa terra.

Artigo publicado no Blog do Geddel: http://www.blogdogeddel.com.br

Um comentário:

  1. A educação no nosso estado é uma vergonha. Pior é depositar esperanças nesse governo de wagner e ver tudo indo embora. não acredito mais, quero mudanças.

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