quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

ACM Neto diz ao Terra que não existe mensalão no Democratas


Após o escândalo envolvendo o governador José Roberto Arruda (DEM-DF), as comparações com as denúncias do "mensalão" que abalaram o PT em 2005 já começam a surgir. Mas, para Antônio Carlos Magalhães Neto (BA), esse paralelo "não pode ser traçado".

"Não considero que existam elementos para se concluir que isso é um mensalão. (...) O problema do PT era um problema do partido todo (...). Agora é uma situação que alcança uma liderança do partido e não o partido todo. O partido nacional não tem nenhuma responsabilidade sobre isso. Não dá para traçar nenhuma comparação, vamos nos diferenciar do PT e outros, na medida em que tomaremos providências, nós não nos calaremos".

Nesta terça-feira, dirigentes do PSDB e do DEM devem se reunir para discutir a situação. Ambos receiam o contágio das acusações sobre o governador do Distrito Federal, flagrado recebendo dinheiro de empresários durante a campanha de 2004. Em tom ameaçador, Arruda disse a seus correligionários que "se houver radicalização, lá na frente, radicalizará também". Como resposta, ACM é taxativo e nega ameaças.

"Em momento algum eu notei qualquer tipo de ameaça, foi num tom bastante sereno. (...) Nenhum de nós aceitaria ser ameaçado. Te digo com muitíssima tranquilidade que absolutamente toda a direção partidária está absolutamente em paz para tomar as posições que terão que ser tomadas".

O DEM cogitou levar o nome de Arruda, seu único governador, como proposta de vice na chapa encabeçada pelo PSDB nas eleições presidenciais de 2010 ou até mesmo encaminhá-lo para a reeleição no Distrito Federal. Nesta terça-feira, 1º, o ex-PFL se reunirá para decidir se expulsa ou não do partido, ou se abre um processo administrativo interno contra Arruda, que é/era homem de confiança do deputado Rodrigo Maia (RJ), presidente da legenda.

ACM Neto confirma que seu partido não tomará para si a defesa do governador. O PT prometeu CPI contra os deputados envolvidos; o PSOL pedirá também a saída de Arruda e dos demais.

"O partido não tem nenhuma obrigação de assumir a defesa do governador. O que temos é que garantir o direito dele se defender, mas não assumir a defesa que é um problema dele. Nós adotaremos todas as providências para mostrar que reagimos diferente de todos os demais partidos no Brasil".

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