segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A mais nova lambança do Enem


Parece piada de mau gosto, mas o Ministério da Educação conseguiu meter os pés pelas mãos pelo terceiro ano consecutivo com as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Desde 2009, quando o Exame foi escolhido para substituir o vestibular, havia uma grande expectativa quanto à melhoria da entrada de jovens na faculdade. No entanto, o que era para ser seguro e ágil, passou a ser fraudulento e burocrático.

Os fiascos se avolumam entre os escombros da inépcia gerencial do MEC. Nos últimos dois anos, os estudantes enfrentaram uma série de problemas com o Enem, como vazamentos de dados pessoais, furto de provas, erros de impressão, além de modificações na data do exame. Puro desperdício de dinheiro público, do contribuinte!

O problema que sacode a edição 2011, contudo, é mais complexo. Dias antes da realização da prova, alunos do Colégio Christus, em Fortaleza, tiveram acesso a 14 questões que constavam da avaliação federal. O MEC reconheceu que elas saíram de um pré-teste aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) na escola no ano passado, mas acusa os professores do colégio cearense de serem os responsáveis pelo vazamento ilegal.

Na tentativa de solucionar o imbróglio, o Ministério da Educação mandou cancelar a prova dos 369 concluintes do ensino médio do Colégio Christus, de Fortaleza. O ministro Fernando Haddad limitou-se a dizer que é absolutamente “comum” o vazamento de provas do porte do Enem.

Mesmo que algum professor tenha distribuído o material ilegalmente, é preciso deixar claro que a responsabilidade em garantir uma organização e uma fiscalização adequada do exame como um todo é do Ministério da Educação. E o responsável pelo exame sempre será o Inep, autarquia do MEC, que teve seis presidentes em oito anos.

O Jornal O Estado de S. Paulo revelou que uma auditoria preliminar da Controladoria-Geral da União (CGU) já havia alertado que o Inep, órgão que faz o Enem, tinha 50% dos valores dos contratos sem licitação e segurança falha. Isso reforça a tese que a aplicação do pré-teste foi realizada de forma irresponsável e sem critérios básicos de segurança.

No meio político e jurídico, a crônica do vazamento do exame também vem ganhando terreno. O Ministério Público Federal (MPF) no Ceará entrou na semana passada com pedido para anular a prova em todo o país. A Defensoria Pública da União (DPU) fez recomendação semelhante: anulação das questões vazadas para todos os estudantes ou anulação total do exame.

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também defendeu a anulação do exame. Segundo a entidade, cancelar as provas somente dos alunos de Fortaleza é inconstitucional, pois configura um ataque ao princípio da isonomia do exame. Seguindo a mesma linha, o Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais e de São Paulo disse que não há garantias de que as provas que vazaram ficaram restritas a um estado apenas. Suspeita-se que estudantes de outras instituições viram os testes.

Diante desse quadro de turbulência jurídica, a sensação dos mais de 4 milhões de estudantes que fizeram o Enem é de frustração e insegurança. Não é razoável que um exame de tal importância, instituído para unificar a avaliação do ensino brasileiro, apresente tamanha vulnerabilidade.

Muitos se perguntam: até quando o ônus das recorrentes falhas do Enem será debitado nas costas daqueles que levam os estudos a sério e sonham com o curso superior? Como o governo reformula radicalmente um sistema de avaliação sem ter a mínima infraestrutura capaz de dar conta da empreitada?

Reagindo aos problemas, milhares de estudantes que fizeram o Enem já se mobilizam pela internet e planejam protestos - batizado de passeata dos "ENEMganados" - em várias cidades do país.

Para evitar vazamentos, especialistas dizem que seria adequado ampliar o banco de dados de questões, permitindo ao governo aumentar o número de edições anuais do exame, assim como ocorre com o SAT, o Enem americano. “O governo converteu o Enem em prova seletiva de forma apressada e mal planejada. Agora convive com erros que seriam evitáveis”, resume o editorial do jornal Folha de S. Paulo do último sábado.

A desorganização do Enem é apenas um dos aspectos do fracasso do governo do PT no campo da educação. O Exame, que hoje serve de base para o ingresso de estudantes na faculdade, vem perdendo sua qualidade não apenas em função dos desatinos do MEC, mas também pela escancarada “politização” das questões formuladas.

O senador Demóstenes Torres (DEM), em pronunciamento recente, já tinha alertado que as avaliações do Enem eram mal elaboradas e apresentavam conteúdos tendenciosos. Segundo Demóstenes, “a meta maior do Enem não é educar, mas doutrinar; não é convencer o aluno a ler os clássicos, mas obedecer à cartilha”.

Esse cenário reflete com perfeição o atual processo de aparelhamento ideológico e sistemático proselitismo político nas salas de aula, que está se alastrando com rapidez. Não dá para achar normal que o marxismo-leninismo sobreviva apenas em Cuba, na Coréia do Norte e nas salas de aula das escolas brasileiras.

Por isso não deixa de ser louvável que um grupo liberal tenha vencido recentemente as eleições do DCE da Universidade de Brasília (UnB), abrindo espaço para a discussão de temas como valorização das liberdades individuais, meritocracia, pluralidade de ideias, empreendedorismo e transparência.

A chapa vencedora, a “Aliança pela Liberdade”, ganhou adeptos ao defender pontos rechaçados pela tradicional militância esquerdista dentro da universidade, como a importância das fundações privadas no financiamento de pesquisas e a necessidade de policiamento constante como uma das medidas de combate à violência dentro do campus.

Essa conquista não é só importante para a comunidade acadêmica da UnB, mas também para todos aqueles que vislumbram um ambiente de estudo e de aprendizado mais plural, democrático e livre

Fonte: Imprensa Democratas

Grupo liberal desaloja esquerda do DCE da UnB


Vitória histórica no Diretório Central dos Estudantes ocorre no momento em que a reitoria da universidade é comandada por petista radical.

A hegemonia da esquerda no Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília (UnB) foi quebrada de forma surpreendente nas eleições concluídas nesta quinta-feira. A chapa Aliança pela Liberdade, uma nota dissonante entre outras sete alinhadas aos ideais socialistas, foi a vencedora. Com 1.280 votos (22% do total) no turno único da disputa, os novatos derrotaram, de uma só vez, representantes de PT, PCdoB, PDT, PSB, PSTU, PSOL, PCO e PCB. Foi a primeira vitória de um grupo não-esquerdista desde que o DCE da universidade foi revitalizado, em 2000.

A chapa rechaça o rótulo de conservadora, aplicado pejorativamente pelos adversários: "Isso é absurdo. Somos liberais", diz André Maia, presidente do grupo. Mas talvez a melhor palavra para definir a Aliança pela Liberdade seja pragmatismo. Os integrantes da nova diretoria são alunos dos cursos de Direito, Economia, Administração e Engenharia. E defendem melhorias concretas na estrutura da universidade. As propostas da chapa não tratam da reforma agrária, da destruição do capitalismo global ou da defesa de Fidel Castro. Tratam, isso sim, de propostas de interesse real dos alunos: o aumento da segurança, o incentivo a parcerias com fundações privadas e a melhoria na gestão da burocrática instituição de ensino.

Os novos comandantes do diretório não são militantes profissionais, alimentados com recursos de partidos políticos. "O nosos foco é a sala de aula. São os projetos de extensão, a pesquisa. Tem estudante que quer salvar o mundo ? Não somos contra. O problema é prioridade" resume André Maia. A vitória da Aliança pela Liberdade cria um cenário raríssimo: o comando do DCE tem um perfil mais moderado do que a reitoria. Na UnB, aliás, a entidade que representa os servidores também está nas mãos de um grupo que se opõe à gestão de José Geraldo de Souza - um dos fundadores do PT. A guinada tem relação direta com o momento político vivido pela universidade.

Antecedentes - Em 2008, imerso em irregularidades na gestão da UnB, o reitor Timothy Mullholland deixou o cargo, pressionado por estudantes que ocuparam a reitoria por duas semanas seguidas. Às vésperas da nova eleição, representantes de professores, funcionários e alunos concordaram em utilizar o voto paritário - um acordo informal, que não existia nas regras da universidade e desrespeitava a Constituição. Nesse novo formato, o voto de cada categoria tem peso de 1/3 no cálculo final. Pela legislação, os professores deveriam representar 70% do peso nessa conta, ante 15% de funcionários e 15% de alunos.

Pela regra natural, ganharia Márcio Martins. Como houve a alteração das normas, José Geraldo de Souza saiu vencedor.O petista havia apoiado abertamente a invasão da reitoria, e obteve dividendos políticos de sua aliança com as diferentes matizes esquerdistas do movimento estudantil. Bastaram alguns meses de gestão para desmoralizar José Geraldo e seu grupo. Como VEJA tem mostrado, o reitor implementou uma política de perseguição ideológica dentro dos campi, criou um tribunal de exceção ilegal e afrouxou a fiscalização sobre o uso de drogas no espaço da Universidade.

Como o voto é facultativo e, tradicionalmente, menos de 20% dos alunos vão às urnas, a vitória da chapa liberal não significa que os grupos de esquerda perderam eleitores. O que ocorreu foi o aumento da participação de alunos comuns, que nunca militaram no movimento estudantil mas decidiram participar do pleito. Prova disso é o total de votos, cerca de 5.800 - o dobro do registrado um ano antes.

Os novos responsáveis pelo DCE da UnB, que tomam posse na semana que vem, não devem ter vida fácil no próximo ano: integrantes dos grupos derrotados de esquerda, aplicando a sua noção peculiar de democracia, mal esperaram o anúncio do resultado para bradar palavras de ordem ameaçadoras: "Isso aqui vai virar o inferno", diziam. "Para eles, o jogo democrático só existe quando eles vencem", ironiza André Maia.

Fonte: Veja.com


Inep tem 50% dos valores dos contratos sem licitação e segurança falha, diz CGU


Órgão que faz o Enem gastou R$ 172,3 milhões, de um total de R$ 344,8 milhões, para contratar empresas sem processo licitatório, o que já resultou no pagamento de valor 166% mais alto que o previsto; área de TI não está preparada para situações de risco.

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão vinculado ao Ministério da Educação, dispensa licitações sem respaldo legal e sua área de tecnologia da informação não está preparada para lidar com situações de risco, como o vazamento de dados dos alunos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

São as duas principais constatações de auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) no órgão, à qual o Estado teve acesso (mais informações abaixo). Segundo o relatório preliminar, referente a 2010, 50% dos valores dos contratos do instituto firmados foram feitos sem licitação - a cifra correspondente chegou a R$ 172,3 milhões, de um total de R$ 344,8 milhões.

O Inep dispensou licitação, por exemplo, para fechar contratos de aplicação do pré-teste do Banco Nacional de Itens (R$ 6,2 milhões) e do Enem (R$ 128,5 milhões) - os serviços foram executados pela Fundação Cesgranrio e pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) da Universidade de Brasília (UnB).

Entre os casos comentados no relatório, os auditores da CGU criticaram a forma de contratação da Fundação Cesgranrio para a operacionalização do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).

A Lei 8.666/93 (Lei das Licitações) prevê a dispensa de licitação em certas condições, como na "contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional", subterfúgio usado pelo Inep para justificar a fuga ao procedimento. "Entretanto, os serviços contratados não se enquadram como atividades de pesquisa, ensino e desenvolvimento institucional daquela instituição", diz a CGU.

A mesma saída foi usada para a contratação do Cespe para organização e realização do processo de revalidação de diplomas de médico expedidos por universidades estrangeiras.

A CGU também encontrou fragilidades na elaboração do projeto básico do contrato de impressão do pré-teste, gerando variação de 166% entre os preços orçados e contratados. De acordo com a controladoria, itens como atas da sala e manuais de aplicação (orientações a coordenadores e aplicadores de prova) não apareceram em todas as rodadas de aplicação do pré-teste.

Para contratar a gráfica do pré-teste, o Inep utilizou como referência dois contratos executados pela RR Donnelley, sem consultar outras empresas. Houve, portanto, direcionamento da licitação para a RR Donnelley, vencedora do certame com a proposta de R$ 980 mil, afirma a CGU.

TI. A problemática área de tecnologia da informação (TI) do Inep ganhou destaque no relatório, por causa da série de fragilidades expostas. Os auditores demonstraram preocupação com o fato de uma Política de Segurança de Informação - documento com as diretrizes da instituição quanto ao tratamento da questão - não estar em vigor.

"Tampouco existe no Inep área formalmente instituída para lidar com a implementação da Política de Segurança da Informação, atestando fragilidades na implementação de tal instrumento", diz o relatório.

Para a CGU, a inexistência de uma área específica pela implementação dessa política "representa um risco de ausência de ações de segurança da informação ou ocorrência de ações ineficazes". No ano passado, uma falha no sistema do Inep permitiu acesso livre aos dados pessoais de milhões de inscritos nas últimas três edições do Enem.

E há deficiências nos processos de avaliação de risco de alguns setores, aponta a CGU. "Os processos de avaliação, como o Enem e o Enade, bem como o Censo Escolar, ainda carecem de estudos que possibilitem a implementação de respostas ao risco mais abrangentes."

PROBLEMAS ENCONTRADOS PELA CGU NA GESTÃO 2010

Dispensa de licitação

Metade do valor dos contratos do Inep (R$ 172,3 milhões) foi gasta sem licitação. Em 15 desses contratos houve falhas, como contratação sem pesquisa de preços e projeto básico frágil - levando à variação de até 166% entre preço orçado e contratado.

Tecnologia da informação

A CGU não encontrou uma Política de Segurança da Informação (PSI) que prevenisse problemas como o vazamento de dados dos inscritos do Enem, ocorrido em 2010. A CGU vê "grande risco" no fato de 52,29% dos funcionários de TI serem terceirizados.

Riscos nos exames

Provas como Enem e Enade "carecem de estudos que possibilitem a implementação de respostas" a riscos e a adoção de medidas para mitigá-los.

Fiscalização de contrato

A CGU aponta fragilidades no projeto e na fiscalização do contrato do pré-teste do Banco Nacional de Itens (BNI), para avaliar a dificuldade de questões destinadas a exames.

Direcionamento de licitação

A CGU afirma que o Inep direcionou licitação para a produção dos materiais destinados ao pré-teste de forma que beneficiou a gráfica RR Donnelley. O órgão estimou gastos tendo como referência dois contratos executados pela própria RR Donnelley.

Fonte: Estadão.com.br

sábado, 29 de outubro de 2011

ACM Neto diz que só será governo pelo voto


O deputado ACM Neto divulgou nota oficial neste sábado (29) desmentindo informação publicada pela revista Veja sobre conversas com o ex-ministro Geddel vieira Lima para se filiar ao PMDB. A seguir, a íntegra do documento:

Para viabilizar um projeto maior, que ajude a colocar a Bahia novamente no rumo certo, busquei o diálogo com dirigentes do PSDB e do PMDB, ressaltando a necessidade de um projeto único em 2012, juntamente com o DEM, partido do qual faço parte com orgulho. Fui surpreendido pela coluna Radar, da revista Veja desta semana, com uma informação sem cabimento de que eu negocio com o ex-ministro Geddel Vieira Lima minha filiação ao PMDB. Em nenhum momento tratei disso.

O que existe, repito, é uma negociação, que está avançada, sobre alianças nas eleições municipais. Trocar de partido não está em cogitação. Fui eleito para ser oposição. Só serei governo pelo voto.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Artigo de Bruno Alves: O lixão de Dilma Rousseff


A “faxina” não realizada pela presidente Dilma Rousseff está lhe gerando um verdadeiro lixão, e o que assusta ainda mais nesse montante é que o mesmo não pode ser reciclado.

Em 11 meses de acúmulos já caíram 6 ministros, Antonio Palocci (PT-SP) da Casa Civil, Alfredo Nascimento (PR-AM) dos transportes, Nelson Jobin (PMDB-RS) da Defesa, Wagner Rossi (PMDB-SP) da Agricultura, Pedro Novais (PMDB-MA) do Turismo e agora o ministro com Pedigree Ideológico Orlando Silva (PC do B-SP). Destes citados apenas o ministro Nelsom Jobin não caiu por denuncias de corrupção, talvez a única faxina da presidente Dilma, que não suportou a sinceridade do ministro em criticar o governo do PT, que o mesmo fazia parte.

Vale lembrar que 4 dos ministros que caíram no governo Dilma Roussef são remanescente do governo Lula, que deixou a famosa “herança maldita”. Com seu jeito populista e demagogo o antecessor de Dilma conseguiu emplacar o discurso do “nada sei, nada vi”, enquanto Lula não sabia e não via nada a nossa presidente estava ciente de tudo, afinal de contas é uma gestora que acompanha de perto seus comandados, até então ministra da Casa Civil, braço direito de Lula.

Contudo Dilma preferiu o silêncio e a conivência “oportuna”, haja vista que para o PT manter-se no poder não tem preço.

A filosofia deste governo é incompatível com a Democracia que tanto lutamos para alcançar. Vai-se um corrupto, fica “outro” em seu lugar. Qual a punição? Apenas o afastamento? A sociedade brasileira quer apuração, quer investigação, quer punição, quer CPI.

Veja o ocorrido no ministério do turismo, onde foi afastado o ministro Pedro Novais (PMDB-MA) e substituído pelo Gastão Vieira também do (PMDB-MA), ambos apadrinhados por Sarney.

Para confirmar o exemplo acima citado, retornamos ao ministro com Pedigree Ideológico Orlando Silva (PC do B-SP) que usou e abusou das suas “trincheiras” para se manter no cargo, mas sem sucesso, ou melhor, ganhou tempo para o partido negociar a sua saída.

Preocupado em não envolver ainda mais o ex-ministro Ângelo Queiroz, atual governador de Brasília nos indícios de corrupção, o PT irá manter o PC do B no comando dos Esportes, o nome da vez é Aldo Rebelo (PC do B-SP). A cumplicidade com a corrupção está explicita no governo Dilma Rousseff, certamente os comunistas estão comemorando a continuidade no Ministério dos Esportes. Nunca antes na história deste país um ditado popular foi tão oposto ao pensamento da população, ou seja, “vão se os anéis ficam os dedos”.

Agora o ministro Pedigree irá buscar defender a sua honra que pelo visto se encontra no segundo tempo.

Um recente estudo da FIESP indica que em 2010 o impacto da roubalheira no Brasil representou de 1,4% a 2,4% do PIB, isso significa que os desvios giraram em torno de 50 a 80 bilhões por ano.

A pergunta é inevitável: Qual será o próximo ministro? Façam suas apostas, as opções infelizmente são vastas, o certo é que o governo Dilma Rousseff sofre de uma corrupção epidêmica, ou seja, está no DNA do governo do PT.


VÍDEO: ACM Neto – “O Brasil quer Orlando Silva distante”.





A paulada do deputado ACM Neto dirigida ao ex-ministro Orlando Silva na Câmara dos Deputados, uma das mais fortes já vistas no Legislativo nos últimos tempos, teve ampla repercussão. Se Orlando Silva, que sequer conseguiu esboçar uma defesa se surpreendeu, certamente o PC do B baiano, não. Neto via, naquele momento, em sua frente o secretário (Secopa) Ney Campelo, que atacou Neto, seu pai e seu avô de forma deseducada e chã, chamando-os de “Metralha” e outras coisa mais, também respondidas pelo deputado. Mas a resposta mesmo, a que mexeu no PC do B e acertou as contas aconteceu na Câmara, quando ACM Neto literalmente desmanchou Orlando Silva. O troco a Campelo não demorou. É isso aí. Como dizem os antigos, “quem não sabe rezar xinga Deus.”

*Trecho da coluna de Samuel Celestino publicada no jornal A Tarde desta quinta-feira (27)

Fonte do vídeo: Uol notícias


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Arnaldo Jabor -Temos de mudar o sistema das alianças bandidas dos últimos anos



Arnaldo Jabor afirmou que o Brasil está em crise graças à política de alianças que começou com o governo Lula e que rouba R$ 80 bilhões ao ano. Para ele, o povo tem que ir além do protesto e organizar ações populares dando nome e cara aos bois.

Fonte: Jornal da Globo - Terça-feira, 25/10/2011

Orlando Silva pede afastamento do governo e oficializa saída do Esporte


Em meio a denúncias, ministro deixa o cargo após reunião com a presidente Dilma Rousseff.

Orlando Silva não é mais ministro do Esporte. Ainda não há uma confirmação oficial de quem será o substituto, mas a "tendência", segundo o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, é que o secretário executivo da pasta, Waldemar de Souza, assuma o comando do ministério interinamente. Nesta quarta-feira, Orlando convocou a imprensa após reunião com a presidente Dilma Roussef, no Palácio do Planalto, e afirmou que pediu afastamento do governo.

Eu pedi o afastamento do governo. Decidi sair do governo para que possa defender a minha honra, o trabalho do Ministério do Esporte e defender o meu partido. Saio com o sentimento do dever cumprido. A injustiça está em calúnias ganharem ar de veracidade. Não há nada que possa me incriminar. Há 12 dias sofro um ataque abaixo e nenhuma prova surgiu nem surgirá - afirmou, reclamando das denúncias feitas contra ele (saiba mais abaixo).

Orlando deixa o cargo em meia a uma série de denúncias que levaram a uma crise no ministério do Esporte. O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, chegou a "demitir" Orlando Silva do cargo na última semana, em entrevista coletiva, ao dizer que esperava encontrar já um novo interlocutor do governo para discutir assuntos da Copa do Mundo de 2014 na visita que fará ao país em novembro. À época, a Casa Civil chegou a divulgar uma nota reafirmando que o ministro continuava sendo o interlocutor oficial para o Mundial.

A crise no Ministério do Esporte começou há onze dias com a publicação pela revista Veja de denúncias contra o ministro Orlando Silva pelo policial militar de Brasília, João Dias Ferreira. O PM disse à revista que Orlando Silva seria mentor e beneficiário de um esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, que estimula a prática desportiva de crianças carentes. Segundo Dias, o grupo que comandava o esquema cobrava uma propina de até 20% das entidades que assinavam os convênios do programa. Um funcionário atual de Dias, Célio Soares Pereira, que teria participado do esquema chegou a afirmar à revista ter entregue dinheiro diretamente ao ministro.

Após a publicação, diversos veículos de imprensa denunciaram uma série de irregularidades nos convênios do programa, que beneficiariam principalmente o PC do B, partido do agora ex-ministro. O partido negou as irregularidades e afirmou que os convênios também foram realizados com prefeituras e estados de outros partidos. No último fim de semana, a Veja trouxe a transcrição de uma gravação que teria sido feita pelo PM em uma reunião com subordinados de Orlando em que teria sido discutido como fraudar um documento para que o ministério pudesse recuar em uma cobrança feita ao policial. O ministério abriu sindicância para investigar os dois servidores que teriam participado da reunião.

Defesa em vão

Orlando Silva manteve o mesmo discurso de defesa desde o princípio, quando concedeu uma coletiva em Guadalajara, no México, após a publicação da reportagem. O ministro negou qualquer irregularidade e participação em qualquer esquema e disse que só encontrou Dias uma única vez, à época da assinatura de dois convênios com entidades comandadas pelo PM. Segundo Orlando Silva, as denúncias feitas pelo policial seriam uma reação à cobrança do ministério de devolução dos recursos liberados para as ONGs de Dias. A Advocacia-Geral da União (AGU) chegou a impetrar, a pedido do ministro, queixa-crime por calúnia contra os denunciantes.

Com pequenas variações, foi esse discurso que o ministro fez em uma coletiva ao chegar ao Brasil e em audiências na Câmara dos Deputados e no Senado Federal na semana passada. Isso não impediu, no entanto, que a força política do ministro fosse diminuindo. Na sexta-feira, Orlando se reuniu com a presidente Dilma e recebeu apoio, mas as novas denúncias publicadas no final de semana voltaram a atingir o ministro. Diante do impacto negativo na imagem do governo, já afetado pela saída de cinco ministros - quatro em meio a denúncias - desde o começo do ano, Orlando Silva foi levado a deixar o cargo.

Ex-ministro

O agora ex-ministro Orlando Silva tem 40 anos. Natural de Salvador, começou a vida política no movimento estudantil. Foi presidente da União Nacional dos Estudantes na década de 90 e No governo Lula, atuou desde o começo no Ministério do Esporte. Foi secretário nacional do Esporte e do Esporte Educacional antes de assumir a secretária-executiva, segundo cargo mais importante da pasta. Em março de 2006 assumiu o ministério com a saída do atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.

A crise causada pelas irregularidades nos convênios do programa Segundo Tempo não é a primeira polêmica do período de Orlando à frente do ministério. Era ele o titular da pasta na realização dos Jogos Panamericanos de 2007, cujos gastos foram 10 vezes maiores que o previsto originalmente. Orlando sempre alegou que os gastos foram necessários e garantiram a vinda das Olimpíadas de 2016 ao Brasil. Já em 2008, o ministro devolveu mais de R$ 30 mil reais aos cofres públicos durante a investigação de possíveis irregularidades no uso dos chamados cartões corporativos. O ministro havia comprado uma tapioca usando o cartão e, diante da suspeita, optou por devolver aos cofres públicos todos os gastos feitos com o cartão no período. À época, Orlando Silva alegou que havia feito confusão ao utilizar o cartão.

Fonte: globoesporte.com


Governo confirma saída de Orlando Silva; interino deve assumir


O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral) confirmou nesta quarta-feira (26) que o ministro Orlando Silva (Esporte) vai deixar o cargo.

Segundo ele, ao menos por enquanto, o ministério deve ser comandado por um interino.

O secretário-executivo do Ministério do Esporte, Waldemar Manoel Silva de Souza, é quem deve ficar interinamente no cargo.

Carvalho não revelou quem são os nomes que devem substituir Orlando, mas disse que o ministério deve ficar sob o comando do PC do B.

De acordo com Gilberto Carvalho, nas reuniões que o governo teve com o presidente do PC do B, Renato Rabelo, ontem à noite, e com o próprio ministro Orlando Silva, hoje, pela manhã, não se chegou a um acordo sobre o nome do substituto. Como não houve uma definição sobre o nome, a presidenta poderá nomear o secretário executivo como interino para poder decidir com calma. "Pode haver situação de interinidade. É o mais provável", disse o ministro.

A reunião de Dilma Rousseff com o ministro e com representantes do PC do B está marcada para ocorrer às 17h30 no Palácio do Planalto. Nessa reunião, Orlando deverá entregar a Dilma sua carta de demissão.

Orlando enfrenta diversas denúncias de irregularidades no ministério. Ontem (25), a ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), aceitou o pedido de abertura de inquérito, feito na semana passada pela PGR (Procuradoria-Geral da República).

Na avaliação do Planalto, a decisão do STF agravou a situação do ministro. " O PC do B disse que respeita a decisão da presidenta. Sabe que a decisão é da presidenta, e o ministro Orlando Silva foi de uma maturidade política muito grande."

ENTENDA O CASO

Orlando é suspeito de participação num esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, que dá verba a ONGs para incentivar jovens a praticar esportes. A acusação foi feita à revista "Veja" pelo policial militar João Dias Ferreira.

O soldado e seu motorista disseram à revista que o ministro recebeu parte do dinheiro desviado pessoalmente na garagem do ministério.

Segundo o ministro, que tem desqualificado o policial militar em entrevistas e nas oportunidades que falou do assunto, disse que as acusações podem ser uma reação ao pedido que fez para que o TCU (Tribunal de Contas da União) investigue os convênios do ministério com a ONG que pertence ao autor das denúncias.

Em nota, o Ministério do Esporte disse que Ferreira firmou dois convênios com a pasta, em 2005 e 2006, que não foram executados. O ministério pede a devolução de R$ 3,16 milhões dos convênios.

De acordo com o ministro, desde que o TCU foi acionado, integrantes de sua equipe vêm recebendo ameaças.

Com Agência Brasil

Fonte: Folha.com

Estudantes dizem que escola do CE antecipou questões do Enem


Apostilas foram distribuídas até 3 semanas antes da prova, segundo alunos. Diretor diz que examinará o material; MEC nega vazamento e aciona a PF.

Um estudante de 18 anos postou no Facebook nesta terça-feira (25) fotos de cadernos de questões distribuídos pelo colégio Christus, de Fortaleza, antes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em que afirma conter pelo menos 11 questões idênticas às das provas do último fim de semana. Dois alunos do colégio também confirmaram ao G1 terem recebido o caderno com as questões idênticas às contidas na prova do Enem. O Ministério da Educação afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que "não houve vazamento da prova" e que acionou na manhã desta quarta-feira (26) a Polícia Federal para investigar o caso.

O jovem, que prefere não se identificar, disse ao G1 que recebeu o material de um colega que estuda no Christus, na sexta-feira (21), véspera do Enem. O material não possui logotipo ou alguma outra marca da instituição de ensino. Pelo menos dez questões presentes no material, inclusive com imagens e gráficos, são idênticas às aplicadas nas provas do Enem. “Não tive tempo de ver esse material antes da prova, mas quando saí do Enem vi alunos do Christus dizendo que havia questões idênticas no material”, conta.

Na manhã desta quarta-feira, o diretor da escola, Davi Rocha, disse que ainda não examinou o material impresso com as questões semelhantes à prova do Enem. "Ainda não sei se esse material é realmente nosso, mas, se for, vamos esclarecer tudo."

Por volta de 12h15, em novo contato com o G1, Rocha afirmou que as questões batem com o banco de dados da escola de colaboradores da escola e estudantes. Muitos deles participaram de testes de nivelamento do Enem que o MEC aplica para estruturar a prova. Como são muita questões e muitos momentos acredita que os colaboradores podem ter repassado as questões para o banco de dados da escola. Segundo o diretor, os colaboradores pesquisam provas de vestibulares de todo o país, então seria possível que questões tenham conteúdo semelhante.

A assessoria do MEC diz que nenhuma escola pode se apoderar de questões aplicadas em pré-testes do Enem.

Sobre a impressão da apostila sem o logotipo da escola, o diretor não confirmou que o material tenha sido impresso pelo colégio. Fundada em 1951, o Christus é uma das escolas particulares mais tradicionais de Fortaleza e tem 10 unidades na capital cearense. Em seu site, a escola destaca que é primeiro lugar no Enem no Ceará juntando todas as suas unidades.

Em seu perfil no Facebook, a escola postou que ''uma instituição de ensino que tenha profundo conhecimento da TRI - Teoria da Resposta ao Item - e possua vasto banco de questões fornecidas por professores, por ex-alunos e pela conversão de questões do estilo clássico para o estilo Enem poderá ter boa margem de acertos nas avaliações do Enem''.

MEC aciona Polícia Federal

Por meio de sua assessoria de imprensa, o Ministério da Educação afirmou ao G1: "O Ministério da Educação e o Inep (autarquia do MEC que organizou o Enem) continuaram acompanhando o tráfico de informação na rede social mesmo após a aplicação das provas. As informações veiculadas com maior intensidade nesta terça-feira por estudantes de Fortaleza dando conta de que estudantes do Colégio Christus teriam recebido apostilas com questões semelhantes à do exame nos obrigou a revisar todas as medidas de segurança da aplicação da prova de Fortaleza. Não há nenhum registro de problemas de logística, de que nenhum vazamento tenha saído da prova, a prova foi serena".

Ainda afirma o MEC: "Na manhã desta quarta-feira (26), o Ministério da Educação e o Inep, por volta de 7h, dado o grande movimento que circulou na rede social a partir dos estudantes de Fortaleza, acionou a Polícia Federal para investigar as origens da informações". Segundo o Inep, 639 estudantes do Colégio Christus fizeram a prova do Enem.

Dez questões idênticas

O estudante ouvido pelo G1 relatou que, depois de ouvir comentários na escola dele sobre a antecipação das questões, resolveu comparar com a prova do Enem. “Comprovei que no material do outro colégio [Christus] havia questões idênticas as das provas de matemática, ciências e linguagens”, afirma. Dizendo-se indignado, o candidato tirou fotos das questões iguais e postou na internet, o que gerou repercussão nas redes sociais.

Após receber cerca de mil comentários no Facebook, o estudante postou: "Gente, eu sei que é revoltante, é uma das provas mais importantes da nossa vida. Mas cuidado com as palavras, muito aluno do colégio recebeu isso e acertou as questões merecidamente. Vamos esperar também por um esclarecimento da escola antes de fazer julgamentos".

O G1 comparou as questões dos quatro livretos da escola com os cadernos Azul, da prova de ciências humanas e ciências da natureza, e Amarelo, da prova de linguagens e matemática, do Enem. Há pelo menos 10 questões iguais e uma similar nos materiais.

Na prova de ciências da natureza, foram detectadas 5 questões idênticas às dos livretos. Em matemática e ciências humanas, são 2 questões iguais em cada um dos testes. Na prova de linguagem, há 1 questão idêntica.

'Surpresa'

Dois alunos do colégio Christus confirmaram ao G1 terem recebido o caderno com as questões idênticas às contidas na prova do Enem. Aluno do curso pré-vestibular, um estudante de 22 anos afirmou que recebeu material de revisão contendo "várias" questões iguais às do Enem duas semanas antes da prova.

"Levei um susto. Na hora, fiz as questões 'no automático', mas queria comprovar para não correr o risco de a resposta ser uma letra diferente do exercício". O estudante preferiu não se identificar por medo de represálias dos colegas que temem a anulação da prova.

Outra estudante, que também não quer se identificar, afirmou que todos os alunos da unidade Nunes Valente, da mesma escola, receberam quatro pequenos livros com 24 questões cada, divididos em ciências da natureza e humanas, linguagens e matemática.

"O professor nos recomendou fazer, dizendo que eram questões possíveis de cair no Enem e que não mostrasse à concorrência, porque enfim... Acho que nenhum colégio diria para mostrar seu material ao concorrente, né?", afirmou.

A jovem relatou que recebeu o material três semanas antes da prova, no início do período de revisão e que achou "estranho" quando percebeu que havia questões iguais às do exercício que recebera. "Fiquei surpresa quando vi, e feliz, claro". Para ela, as questões não eram difíceis, "mas já era garantido".

O Enem teve problemas de vazamento de provas em 2009 e de impressão em 2010, que obrigou alguns milhares de alunos a refazerem o exame.

* Colaborou Paulo Guilherme, do G1 em São Paulo.

Veja fotos da apostila que teria questões idênticas à do Enem: http://tinyurl.com/3jz77yo


Fonte: G1

ACM Neto responde críticas no twitter



Nesta tarde, o deputado federal ACM Neto (DEM) postou, em seu perfil do twitter, uma mensagem em resposta à hashtag criada com o seu nome, o #foraACMneto, que está entre os 10 assuntos nacionais mais comentados no microblog. “Interessante que apenas pelegos e partidários defendem Orlando Silva aqui no Twitter. Sinal claro que o País não tolera mais corrupção”, escreveu o democrata. Alguns internautas favoráveis ao parlamentar baiano tentam emplacar novas hashtags com os seguintes dizeres: #ForçaACMneto e #ChoraPCdoB. (Victor Pinto)

Fonte: Política Livre

Presidente do PC do B comunica à bancada saída de Orlando Silva


Em reunião com deputados e senadores do PC do B, o presidente do partido, Renato Rabelo, informou que o ministro Orlando Silva (Esporte) decidiu pedir demissão do cargo, o que já foi comunicado em conversa mais cedo ao ministro Gilberto Carvalho e será oficializado à presidente Dilma Rousseff num encontro às 17h30.

A reunião dos parlamentares durou cerca de três horas. Ao final, Rabelo pediu à imprensa que aguardasse o encontro com a presidente Dilma, quando o partido espera ser informado se permanece com a pasta.

O partido decidiu na reunião que irá continuar defendendo o ministro das acusações de corrupção na pasta. Segundo um interlocutor da legenda, "a pessoa física" Orlando terá o apoio do partido.

"Vamos continuar na defesa dele, o que foi feito com ele é inaceitável", disse o líder na Câmara, Osmar Júnior (PC do B-PI). As denúncias que envolvem o ministro também atingem o partido. Dinheiro do programa Segundo Tempo, tocado pelo Esporte, teria sido desviado para o ministro e o caixa da legenda. Ambos negam.

Ontem, em reunião na casa do deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), a bancada do partido na Câmara já havia chegado a conclusão de que a situação de Orlando se tornou insustentável depois do Supremo Tribunal Federal ter autorizado a abertura de investigação contra o ministro e de a Folha ter revelado que o ministro assinou documento beneficiando uma ONG acusada de desviar dinheiro da pasta.

Rebelo é um dos nomes cotados para assumir o ministério. "Eu não consegui nem ser ministro do TCU, que dirá ministro do governo", despistou. Recentemente, ele perdeu uma eleição para ministro do tribunal de contas. Outros cotados são: Flávio Dino (PC do B-SP) e Luciana Santos (PC do B-PE). Na reunião não se tratou de nomes, segundo participantes.

A decisão final de Orlando de deixar a pasta foi anunciada aos líderes do PC do B durante café da manhã nesta quarta-feira. Foi nessa ocasião que ele colocou sua posição e informou que escreveria uma carta se desligando do governo. O ministro postou em seu twitter que estava almoçando com sua mãe que faz aniversário nesta quarta.

Fonte: Folha.com

Orlando Silva vai entregar cargo hoje, diz direção do PC do B


A direção do PC do B afirmou que o ministro Orlando Silva (Esporte) vai entregar o cargo nesta quarta-feira (26) à presidente Dilma Rousseff.

O governo já está buscando nomes para substituí-lo na pasta. Os cotados para a vaga são os deputados Aldo Rebelo (PC do B-SP) e Luciana Santos (PC do B-PE) e Flávio Dino (PC do B-MA).

Procurado pela Folha, Orlando afirmou que quem demite ou nomeia ministro é a presidente Dilma. "Não dou nenhum passo sem a orientação da presidente", disse em mensagem enviada por celular.

A situação de Orlando se agravou ontem (25), data em que o STF (Supremo Tribunal Federal) iniciou, de fato, as investigações de um suposto envolvimento do ministro na pasta. E após a Folha revelar que em julho de 2006 Orlando assinou um despacho que reduziu o valor que a ONG do policial militar João Dias Ferreira precisava gastar como contrapartida para receber verbas do governo, permitindo que o policial continuasse participando de um programa social do ministério.

O documento, revelado ontem pela reportagem, foi o primeiro a estabelecer uma ligação direta entre Orlando e o policial, que hoje acusa o ministro de comandar um esquema de desvio de dinheiro público para alimentar o caixa do PC do B.

Na segunda-feira (24), Ferreira prestou depoimento à Polícia Federal e disse ter entregado áudios de uma reunião que fez com funcionários da pasta para tentar resolver a prestação de contas de um de seus convênios. Em entrevista após o depoimento, o policial afirmou que existia ao menos 20 dirigentes de ONGs que poderiam confirmar o esquema.

A Folha revelou no sábado que o pastor David Castro, que dirige a Igreja Batista Gera Vida, de Brasília, e recebeu R$ 1,2 milhão do Esporte, afirmou que foi pressionado a repassar 10% do dinheiro para os cofres do PC do B.

Há dois critérios vistos como ideais no governo para orientar a nova nomeação: ter perfil para jogar duro com Fifa e CBF, como deseja Dilma; e ser capaz de desmobilizar as irregularidades no Esporte, mesmo que isso implique demitir correligionários.

PC DO B

Ontem, após ouvir Orlando por mais de três horas na Câmara, a bancada do partido se reuniu à noite na casa de Aldo Rebelo para discutir sua situação. Pela primeira vez desde o começo da crise, há 11 dias, o PC do B avaliou a situação do ministro como "muito difícil".

Segundo relatos de participantes, o presidente do partido, Renato Rabelo, contou aos presentes o teor de sua conversa com o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral).

Segundo Renato disse aos deputados, o chamado do Planalto ontem à tarde foi para comunicá-lo da mudança da posição da presidente Dilma Rousseff em relação ao cenário no Esporte.

Com a abertura do inquérito pelo STF, o Planalto avaliou que a crise estava se agravando e seria difícil manter Orlando no cargo.

Rabelo conversou com o advogado-geral da União, Luis Adams, para explicar à bancada que o inquérito era "um processo administrativo", segundo relatos. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), apareceu no final da reunião.

ENTENDA O CASO

Orlando é suspeito de participação num esquema de desvio de recursos do programa Segundo Tempo, que dá verba a ONGs para incentivar jovens a praticar esportes. A acusação foi feita à revista "Veja" pelo policial militar João Dias Ferreira.

O soldado e seu motorista disseram à revista que o ministro recebeu parte do dinheiro desviado pessoalmente na garagem do ministério.

Segundo o ministro, que tem desqualificado o policial militar em entrevistas e nas oportunidades que falou do assunto, disse que as acusações podem ser uma reação ao pedido que fez para que o TCU (Tribunal de Contas da União) investigue os convênios do ministério com a ONG que pertence ao autor das denúncias.

Em nota, o Ministério do Esporte disse que Ferreira firmou dois convênios com a pasta, em 2005 e 2006, que não foram executados. O ministério pede a devolução de R$ 3,16 milhões dos convênios.

De acordo com o ministro, desde que o TCU foi acionado, integrantes de sua equipe vêm recebendo ameaças.

Fonte: Folha.com

Pressionado, Orlando Silva deixa o Ministério do Esporte


Após inquérito no Supremo Tribunal Federal e sucessão de novas denúncias, ministro decide entregar o cargo à presidenta Dilma.

O aumento das pressões provocadas pelo inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) e a sucessão de novas denúncias de irregularidades no Ministério do Esporte levaram o ministro Orlando Silva a acatar o pedido feito pelo Palácio do Planalto e entregar o cargo. Líderes de partidos da base já haviam sido comunicados ontem sobre a provável demissão, embora não houvesse garantias de que a saída se concretizaria de fato na manhã desta quarta-feira.

A decisão de Orlando Silva de entregar o cargo, antecipada pela coluna Poder Online, está sendo sacramentada em reunião no Palácio do Planalto, entre a presidenta Dilma Rousseff, o ministro, dirigentes do PC do B, e o chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Mais cedo, já circulava a informação de que a saída de Orlando Silva era iminente e que Dilma deveria decidir seu destino nas próximas horas, como adiantou a coluna de Guilherme Barros.

O plano, por enquanto, é manter a pasta sob comando do PC do B. A ordem no governo é aguardar até que um novo nome seja definido antes de anunciar formalmente a saída de Orlando Silva da Esplanada dos Ministérios.

Ainda assim, não está totalmente descartada a possibilidade de o ministério ficar internamente nas mãos do secretário-executivo. Segundo líderes da base, foi colocada na mesa a ideia de deixar a crise esfriar e, dependendo da evolução do quadro, fazer uma substituição definitiva em um cenário de menor tensão política. Hoje, quem ocupa esse posto é Waldemar Manoel Silva de Souza.

Com a saída de Silva, a presidenta Dilma Rousseff perde seu sexto ministro em apenas 11 meses de governo. A "faxina" comandada na Esplanada dos Ministérios já derrubou Pedro Novais (PMDB-MA) do Turismo, Wagner Rossi (PMDB-SP) da Agricultura, Antonio Palocci (PT-SP) da Casa Civil, Alfredo Nascimento dos Transportes (PR-AM) e Nelson Jobim da Defesa (PMDB-RS). Apenas Jobim não caiu após denúncias de corrupção. Ele se afastou após a repercussão negativa provocada por declarações polêmicas sobre o governo e colegas de ministério.

A demissão do ministro do Esporte também remove mais um integrante do grupo de ministros herdados da administração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em geral, Dilma tem escolhido nomes de sua confiança e de perfil mais técnico para substituir os ministros afastados em decorrência de denúncias de corrupção.

*Com colaboração de Nara Alves, iG São Paulo.

Fonte: Último segundo

Orlando Silva decide deixar o Ministério do Esporte e vai entregar carta de demissão a Dilma


O ministro do Esporte, Orlando Silva, vai entregar sua carta de demissão nesta quarta-feira em encontro com a presidente Dilma Rousseff, marcado para as 15h. Orlando Silva vai reafirmar sua inocência a presidente e dizer que a sua saída do comando da pasta será melhor para o Brasil. O nome de consenso do PCdoB para substituí-lo é o de Aldo Rebelo, ex-ministro de Relações Institucionais do governo Lula.

A decisão foi tomada durante reunião no Palácio do Planalto, pela manhã, para discutir o agravamento de sua situação, com a abertura do inquérito pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar as denúncias de desvio de verbas do Programa Segundo Tempo . Participaram da reunião o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, além dos líderes do partido na Câmara, Osmar Júnior, e no Senado, Inácio Arruda.

Antes da reunião, o presidente do PCdoB teve uma longa conversa com Orlando, já para avaliar o cenário contra o ministro. Na segunda-feira, a avaliação do Planalto era de que o partido deveria conduzir saída do ministro.

Em reunião da cúpula do PCdoB na terça-feira à noite, na casa do deputado Aldo Rebelo (SP), os integrantes do partido jogaram a toalha e decidiram que não havia mais como sustentar a permanência de Orlando Silva. Depois de muita discussão com o presidente do partido e outros líderes, o nome de consenso para substituir Orlando era o do ex-ministro Aldo Rebelo.

A unanimidade da bancada concluiu que a situação era insustentável e estava atingindo o partido como um todo. Num primeiro momento, a decisão era se unir em torno do nome de Orlando porque todo mundo achava que era tudo mentira, e ainda acha. Mas ele perdeu todas as condições políticas de continuar no cargo. Na reunião a coisa se afunilou para o nome do Aldo - contou um dos parlamentares presentes à reunião.

Fonte: O Globo


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Visita de Orlando Silva à Câmara é “uma afronta ao Brasil”, diz ACM Neto


O líder do Democratas na Câmara Federal, deputado federal ACM Neto (BA), fez duros comentários ao ministro do Esporte, Orlando Silva (PCdoB), durante sua visita à Câmara nesta terça-feira (25). “A sua visita é uma afronta, o senhor não deveria estar sentado na cadeira de ministro. [...] Sua vinda aqui na semana passada foi uma afronta ao Congresso. Nesta semana é uma afronta ao Brasil. O povo brasileiro quer o senhor longe das discussões sobre a Copa do Mundo”, declarou. O comunista, que se encontra no olho de um furacão de denúncias contra a sua gerência no ministério, ao tomar a palavra, preferiu ignorar os ataques e discursou sobre a Lei Geral da Copa – tema do encontro.

Fonte: Bahia Notícias

Supremo abre inquérito para investigar Orlando Silva


Ministra também quer analisar inquérito do STJ sobre Agnelo Queiroz. Advogado diz que não há provas contra Orlando Silva nos autos.

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia determinou nesta terça-feira (25) a abertura de inquérito para investigar o envolvimento do ministro do Esporte, Orlando Silva, em suposto desvio de dinheiro público do programa Segundo Tempo, que visa incentivar a prática esportiva entre crianças e adolescentes.

Cármen Lúcia também requisitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a remessa em 48 horas ao Supremo do inquérito a respeito de possíveis irregularidades cometidas pelo atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), quando era ministro do Esporte.

A ministra quer verificar se há conexão entre os dois inquéritos antes de decidir se as investigações devem tramitar em conjunto, conforme pediu o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

"O fato de começar as investigações não significa que vão ter prosseguimento. Depende do que a Procuradoria Geral da República vai encontrar a partir de agora", disse Cármen Lúcia.

O advogado José Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende Orlando Silva, disse que não há provas contra o cliente. "Nós ficamos tranquilos ao ver que não há prova contra o ministro. É importante que a imprensa saiba que não tem nada de concreto contra Orlando Silva. O inquérito foi aberto apenas com matérias da imprensa e representações de partidos", declarou o advogado.

Os pedidos de investigação sobre Orlando Silva e de remessa do inquérito sobre Agnelo Queiroz do STJ para o Supremo foram feitos pelo procurador-geral da República na última sexta (21).

Segundo o procurador-geral, existe uma "relação muito intensa entre os fatos". Agnelo, que trocou o PC do B pelo PT, foi ministro do Esporte entre 2003 e 2006. Ao pedir a abertura de inquérito, Gurgel disse que há indícios de crime e que o suposto esquema de desvio de dinheiro teria escala “nacional”.

Na semana passada, governador do DF disse que se trata de uma denúncia de um "mercenário que recebeu dinheiro" "Eu saí do Ministério do Esporte há seis anos. Há seis anos que eu não sou mais ministro. Não tenho um processo, um questionamento. E qualquer coisa como esse inquérito que estava no STJ é fruto da denúncia que foi feita na época da campanha que eu desmascarei, do mercenário que recebeu dinheiro para receber denúncia contra mim."

Informações do TCU

A ministra Cármen Lúcia pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que envie para o Supremo informações sobre eventuais processos de fiscalização de convênios suspeitos do Ministério do Esporte. O órgão tem dez dias para enviar as informações.

O procurador-geral da República havia feito pedidos de depoimento de diversas pessoas ligadas ao caso, como Orlando Silva, Agnelo Queiroz, o policial militar João Dias, que acusou Orlando Silva de envolvimento em desvio de verba, e o motorista Célio Soares Pereira, que afirmou ter visto o ministro receber dinheiro na garagem do ministério. Os pedidos de depoimento foram indeferidos pela ministra do Supremo.

Cármen Lúcia argumentou que é preciso primeiramente analisar o inquérito do STJ para depois definir os depoimentos.

Denúncias

Na edição do último final de semana da revista "Veja", o policial militar João Dias Ferreira afirmou que o atual ministro do Esporte, Orlando Silva, tinha envolvimento em um suposto esquema de desvio de verba pública, nos últimos oito anos, do programa Segundo Tempo. Ferreira disse que Silva recebeu um pacote de dinheiro na garagem do ministério. O ministro nega as acusações, afirma que não há provas contra ele e que o policial mente.

Inquérito no STJ

O governador do Distrito Federal é um dos investigados em inquérito que tramita no STJ. O processo tramitava na 12ª Vara da Justiça Federal e só foi para o tribunal por conta do foro de Agnelo - pela lei, governadores só podem ser investigados ou processados no STJ. O inquérito, de número 761, chegou ao gabinete do ministro Cesar Asfor Rocha, do STJ, na última terça (11).

Segundo o inquérito, o motivo pelo qual Agnelo aparece na investigação é o depoimento à Polícia Federal da testemunha Geraldo Nascimento Andrade, que afirmou ter entregue em 8 de agosto de 2007 a quantia de R$ 256 mil em dinheiro nas mãos do ex-ministro.

Na época, Agnelo já havia deixado o Ministério do Esporte. O ex-ministro e atual governador sempre negou a acusação, que chegou a ser explorada por adversários na campanha eleitoral do ano passado.

Por meio de nota divulgada pela assessoria de imprensa do governo do Distrito Federal, o governador Agnelo Queiroz afirma que o inquérito no STJ é "mero instrumento de apuração de fatos" e que "jamais foi considerado réu".

Fonte: G1

Ministra do STF abre inquérito para investigar Orlando Silva


Carmem Lúcia atendeu ao pedido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para averiguar as suspeitas de participação do ministro em esquema de corrupção no Esporte.

A ministra Carmem Lúcia Antunes Rocha, do Supremo Tribunal Federal (STF) abriu inquérito para investigar as suspeitas de envolvimento do ministro do Esporte, Orlando Silva, no esquema de corrupção na pasta. Ela atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que na semana passada requereu a abertura formal da investigação.


Carmem Lúcia pediu ao Tribunal de Contas da União (TCU) que informe se existem processos em andamento no órgão sobre convênios firmados no âmbito do ministério do Esporte. Ela também requisitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que encaminhe ao Supremo inquérito que investiga a participação do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz nas supostas irregularidades.

Quando esse inquérito chegar do STJ, o procurador-geral da República analisará se há conexão entre os fatos investigados naquele tribunal e no Supremo. Se houve essa conexão, o inquérito poderá ser transferido do STJ para o Supremo.

Nesta terça-feira, 25, o ministro participará de audiência pública na Câmara para falar sobre a Lei Geral da Copa e deve ser novamente questionado sobre as denúncias. Na semana passada ele prestou esclarecimentos por duas vezes e negou as acusações feitas pelo policial militar João Dias Ferreira.

Fonte: Estadão.com.br

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Quantas vidas terá Orlando Silva?


Na última sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff reuniu-se com o ministro do Esporte, Orlando Silva, para discutirem as denúncias de corrupção que devastam a pasta. Decidiu mantê-lo no cargo por julgar que não havia provas de que tinha recebido propina na garagem do próprio ministério, conforme denúncia do ex-policial João Dias Ferreira, ex-militante do PC do B. A decisão não é definitiva.

O ônus da culpa cabe ao acusador. Mas o imbróglio envolvendo Orlando Silva não se limita às denúncias de seu ex-colega de partido. A quantidade de histórias mal contadas envolvendo desvio de recursos do ministério em benefício do PC do B já ganhou ares de infecção generalizada.

Muitas incriminações estão mais do que comprovadas. Milhares de Reais repassados para ONGs ligadas ao PC do B por meio do programa Segundo Tempo viraram fumaça. Eram recursos destinados ao estímulo da prática do esporte por jovens carentes que simplesmente desapareceram.

O Democratas tem participado ativamente da apuração dos fatos. Parlamentares do partido conseguiram convocar o policial João Dias Ferreira para esclarecer as denúncias esta semana na Câmara dos Deputados.

Por meio do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), o Democratas também tem trabalhado em busca da verdade. A equipe de Siafi do DEM localizou uma empresa de fundo de quintal recebendo milhões de Reais do ministério.

Desde as primeiras denúncias contra o programa Segundo Tempo, o partido atua de maneira objetiva e eficaz. Forneceu, por exemplo, as informações sobre os repasses financeiros às ONGs do PC do B para matérias publicadas no Estado de S. Paulo em fevereiro deste ano.

De acordo com reportagens de bastidores veiculadas nos jornais, o PC do B tem chantageado o governo. Avisa que se o ministro cair, irão levar junto o atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, atualmente no PT, antecessor de Orlando Silva no Esporte.

De acordo com reportagem da revista Isto É, Agnelo Queiroz seria o verdadeiro comandante do esquema dos desvios.

Desde muito, já se pode concluir que a tão falada faxina promovida pela presidente Dilma Rousseff é uma farsa. Só caíram os ministros que não tinham mais nenhuma condição política de se sustentar após as denúncias da imprensa. No caso do PC do B, no qual existem evidências aos montes de corrupção, o governo recuou. Até quando conseguirá?

Enquanto isso, o Democratas segue em sua atividade de oposição responsável e fiscalizadora com relação a todos os atos do governo.

Na última quinta-feira, por exemplo, colheu uma vitória em nome da sociedade brasileira com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de acolher uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) do partido que exigia a suspensão do aumento das taxas do Imposto sobre Produtos Industrializado (IPI) de automóveis importados.

O governo alegava proteger a indústria brasileira ao aumentar as taxas. Mas como ocorre sempre quando reduz os mecanismos de competitividade, só conseguiu ver mais inflação. Os preços de automóveis nacionais aumentaram em até 22% nas revendedoras.

Fonte: Imprensa Democratas


Assessores de Orlando Silva ajudaram PM a burlar fiscalização


Em gravações obtidas por VEJA, funcionários do ministério ajudam o PM a se livrar de ofício que o acusava de irregularidades.

A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado traz mais um capítulo do esquema de corrupção que transformou o Ministério do Esporte numa fábrica de dinheiro para o PCdoB - e também para políticos e entidades ligadas a ele.

Depois de relatar, na semana passada, denúncias do policial João Dias Ferreira contra o ministro Orlando Silva e seus comandados, VEJA teve acesso a novas provas da maneira como a máquina do Esporte se corrompeu. São gravações de uma conversa de abril de 2008 entre João Dias e dois assessores próximos de Orlando Silva: Fábio Hansen, então chefe de gabinete da Secretaria de Esporte Educacional, que cuida do programa Segundo tempo, e Charles Rocha, então chefe de gabinete da secretaria executiva do ministério.

Foi o próprio João Dias quem registrou a conversa. Militante do PCdoB e dirigente de uma ONG, ele havia sido pego de surpresa por um ofício do Ministério do Esporte, enviado à polícia militar, responsabilizando-o por irregularidades e desvios de dinheiro num convênio de sua entidade com o programa esportivo federal Segundo Tempo. Em sua visita aos assessores de Orlando Silva, ele cobrava uma solução para o problema. E a pressão surtiu efeito imediato.

A gravação demonstra que Hansen e Rocha se esmeraram para arquitetar uma fraude que livrasse João Dias da investigação. "A gente pode mandar lá um ofício desconsiderando o que a gente mandou", propôs Charles Rocha. E Hansen completou: "Você faz três linhas pedindo prorrogação de prazo." Ele ainda explicou que esses pedido de prorrogação deveria ter data falsa.

Nos dias seguintes, a operação foi realizada exatamente como programado. Os dois ofícios enviados à PM - o original e o que pede que a investigação seja esquecida - foram reproduzidos pelo site de VEJA.

Alvejado pelas denúncias de João Dias, o ministro Orlando Silva passou a semana se explicando. Tentou desqualificar o acusador, qualificando-o de "bandido". A gravação obtida por VEJA mostra que figuras graúdas do ministério não pouparam esforços para beneficiar o "bandido" com uma fraude.

Em depoimento no Congresso, Orlando Silva chegou a mencionar o vai-e-vem de ofícios entre o Esporte e a polícia militar, qualificando-o como procedimento administrativo regular. Também não é isso o que transpira das gravações.

Sim, é verdade que um terceiro documento, informando sobre a abertura de uma auditoria nos convênios do policial, foi enviado à PM pelo ministério. Só que um ano e meio depois da inacreditável - e reveladora - reunião entre João Dias, Hansen e Rocha, que VEJA esmiúça na edição desta semana.

Fonte: Veja

Esporteduto' montado por PC do B controla verba do governo federal


Partido ocupa postos-chave na área esportiva pública e se beneficia de programa do Ministério do Esporte.

O mapa de repasses do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, revela que o ministro Orlando Silva alimentou com verbas federais a rede de militantes que, nos últimos anos, o PC do B instalou em postos-chave do nicho esportivo no setor público. Nos últimos dois anos, prefeituras e secretarias municipais de Esporte controladas pelo partido estiveram entre as maiores beneficiadas por recursos do Segundo Tempo, criado para promover atividades físicas entre estudantes.

A presença de comunistas nas duas pontas do "esporteduto" não é casual: mesmo antes de fincar bandeira na Esplanada dos Ministérios, no governo Luiz Inácio Lula da Silva, o partido havia estabelecido como estratégia concentrar no setor esportivo praticamente todas as reivindicações de cargos nas esferas federal, estadual e municipal.

Entre as prefeituras, de janeiro a outubro de 2011, a que recebeu o maior repasse per capita do Segundo Tempo foi a de Sobral (CE), cidade em que o coordenador do programa é um ex-candidato a vereador e dirigente municipal do PC do B. Foi quase R$ 1,5 milhão para uma população de cerca de 188 mil moradores, segundo levantamento do Contas Abertas, entidade especializada na análise de contas públicas.

Militantes do PC do B também administram os recursos liberados pelo ministério em Goiânia (R$ 2,2 milhões) e Fortaleza (R$ 980 mil), duas capitais nas quais o partido conseguiu nomear os secretários de Esporte por causa de acordos com o PT, que governa as duas cidades. Na capital cearense, o secretário é suplente de vereador e professor de história; em Goiânia, advogado e dirigente partidário.

Em números absolutos, Belo Horizonte é a líder no ranking das verbas deste ano, com R$ 2,6 milhões. Lá, o PC do B só não ocupa ainda a Secretaria de Esportes porque sua criação está pendente de aprovação pela Câmara. O partido já acertou a adesão ao governo do prefeito Márcio Lacerda (PSB), além do apoio à sua reeleição.

No ano passado, Sobral também esteve na lista das maiores beneficiadas pelo Segundo Tempo - recebeu o terceiro maior repasse. Em sexto lugar apareceu o município goiano de Anápolis, administrado pelo PT, onde a diretora financeira da Secretaria de Esportes é a presidente municipal do PC do B. E, no décimo posto, estava a cidade de Juazeiro, na Bahia, cujo prefeito também é comunista.

O Estado apurou que lideranças de partidos da base governista chegaram a levar ao ministro reclamações de prefeitos paulistas que não conseguiam contratar o Segundo Tempo. Eles alegavam que, para fechar os contratos, teriam de contratar a ONG Bola Pra Frente, da ex-jogadora de basquete Karina Rodrigues. O ministro teria relativizado as reclamações.

Em Manaus, que recebeu a maior liberação de verbas de 2009, o secretário de Esporte, Fabrício Silva Lima, disse que o primeiro convênio da cidade foi fechado ainda na época em que o PC do B chefiava a pasta, no governo de Serafim Correa (PSB). Os recursos, cerca de R$ 4 milhões, foram liberados na gestão seguinte, do prefeito Amazonino Mendes (PDT). "Fomos muito bem tratados pelo ministério", disse o atual secretário. "Eles só sugeriram a contratação de ONG para ajudar. Mas foi uma sugestão, não imposição. Nem deram nomes."

Capilaridade. A ocupação do nicho esportivo pelo PC do B teve início no governo de Marta Suplicy na Prefeitura de São Paulo. Tudo começou com a indicação de Nádia Campeão, hoje presidente do PC do B paulista, para a pasta do Esporte, em 2001.

A partir de 2003, quando o partido recebeu o Ministério do Esporte, replicou a experiência em outros locais - primeiro com o ministro Agnelo Queiroz e depois com Orlando Silva. A cúpula da legenda chegou a estimar mais de 200 secretarias sob seu controle em prefeituras e governos estaduais como os de Amazonas, Rio Grande do Sul, Amapá, Bahia, Rondônia e Paraíba.

No início, a lógica do sistema era: onde o PT tivesse candidato a prefeito ou governador, receberia o apoio do PC do B. Em troca, a legenda indicaria nomes para a administração, de preferência na área de esporte, usando como argumento o fato de que o contato com a cúpula do ministério ajudaria a trazer verbas federais. O próprio ministro participou de conversas para indicar comunistas a gestões aliadas.

Foi assim, por exemplo, na Secretaria de Esporte, Lazer e Recreação de Guarulhos (SP). O PC do B apoiou a reeleição do petista Elói Pietá em 2004. Indicou então Julio Filgueira para a Secretaria de Esporte - ele já havia sido sucessor de Nádia Campeão na secretaria paulistana. Em 2007, Filgueira foi chamado por Orlando Silva para a Secretaria Nacional de Esporte Educacional. O sucessor, Alberto Saraiva, também do PC do B, teve o apoio do ministro.

Também em Guarulhos, um militante do PC do B, José Cláudio Neris, foi condenado, em primeira instância, pela Justiça Federal e pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a ressarcir os cofres públicos em meio milhão de reais. Alegando parceria com a prefeitura, ele obteve em 2004 R$ 676 mil do Ministério do Esporte para implementar o projeto Segundo Tempo na cidade, usando a estrutura da Liga Regional de Futebol Amador de Guarulhos, da qual era presidente.

Fonte: Estadão.com.br