quarta-feira, 21 de abril de 2010

A BAHIA DO PRESENTE SENTE FALTA DE ACM


Nos últimos tempos, tenho lido muitos artigos sobre o fim ou não do carlismo. Antes de nos precipitarmos em conclusões superficiais, comuns em anos eleitorais, é preciso entender o que significa essa marca plantada na Bahia há mais de 40 anos. Em primeiro lugar, nenhum cientista, acadêmico ou político batiza uma era sem que essa etapa seja pintada com cores fortes.

Antonio Carlos Magalhães criou o carlismo por suas características pessoais e com as virtudes de líder, de grande político e administrador público, de homem visionário, à frente do seu tempo, que modernizou a Bahia em todos os aspectos.

As características pessoais se foram com a sua morte. E o tornaram um personagem único e inimitável. Já as características do administrador, do político de envergadura nacional, que foi deputado, prefeito, senador, governador, ministro de Estado, deixaram um grande vácuo na política baiana e brasileira e permanecem mais vivas do que nunca. O homem se foi, mas seus ideais ainda nos inspiram.

Até a sua morte, ACM carregou a bandeira da luta incansável pela Bahia, do amor sem limites pelo povo da sua terra, da seriedade no trato com o dinheiro público, do pulso firme no combate à criminalidade, do olhar sempre atento e vigilante aos mais pobres, além de formar os melhores quadros da política baiana.

Isso é o legado do carlismo que ficou para a posteridade. Se esses ideais estão vivos em todas as pessoas que querem uma Bahia melhor, então, o carlismo vive também. E o carlismo está mais forte do que nunca porque a fraqueza e a incompetência do governo Wagner só aumentam as saudades de ACM. Wagner é tão condescendente com os outros estados nordestinos na disputa por empregos e desenvolvimento que hoje, certamente, é mais “importante” para Pernambuco do que para a Bahia, porque sua omissão fez a Bahia perder o protagonismo do desenvolvimento do Nordeste.

Wagner é um governador do papel, e não das obras de verdade, como era ACM, um político que mostrava os dentes pela Bahia. Wagner gosta de gastar muito em publicidade, mas detesta governar, é amigo do presidente, mas não tem prestígio para conseguir as verbas necessárias ao desenvolvimento da Bahia. Então, pergunto: como não sentir saudade daquele que colocava a Bahia como a razão de sua vida? ACM está no coração de todos os baianos que perderam a esperança, que tiveram seus bairros e ruas dominados pela criminalidade, que veem a qualidade nos serviços de saúde e educação despencar.

O carlismo vive porque o PT que aparelha o Estado e mente em propagandas jamais conseguirá mandar no coração dos baianos. O PT não conseguirá matar o carlismo porque a Bahia é livre. Livre para tudo. Inclusive para amar sem patrulhamentos seus filhos preferidos, como Mãe Menininha, João Ubaldo, Caetano, ACM, Jorge Amado, Irmã Dulce e muitos outros. É no coração dos baianos que o carlismo vive com mais intensidade.

No lançamento da pré-candidatura de José Serra senti a presença de ACM cada vez mais forte. Centenas de pessoas de todas as faixas etárias vieram me cumprimentar porque, ali, estava começando mais um capítulo da história deste País que ACM ajudou a construir.

Ajudou no processo de redemocratização que levou Tancredo Neves ao poder – um ato de coragem. E contribuiu muito na eleição de Fernando Henrique Cardoso. Mas é nas andanças por essa Bahia de meu Deus que mais sinto a sua presença e a importância de fazer da militância política um sacerdócio. São velhos, jovens, ricos e pobres que têm sempre uma palavra de carinho quando falam de ACM, quando lembram do seu amor incondicional pela Bahia. Claro que sempre me emociono e tenho a certeza de que, à medida que o tempo avança, mais a obra e a figura de ACM vivem no imaginário do nosso povo.

Como neto de Antonio Carlos Magalhães, posso dizer que aprendi muito. Esse aprendizado ajuda em minha trajetória política em todos os momentos. Mas recebi dele também uma bênção hereditária, uma “herança bendita”: vem do berço o meu amor pela Bahia e a força para lutar pelo meu Estado. ACM viveu um verdadeiro caso de amor com os baianos. Melhor, viveu um casamento próspero, apaixonado, um casamento eterno.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

ENTREVISTA COM O DEPUTADO FEDERAL ACM NETO (DEM-BA)


O Deputado federal ACM Neto (DEM-BA), Vice-presidente e Corregedor da Câmara e 5º parlamentar mais influente do país, cedeu entrevista ao Blog Online com Bruno Alves. Na entrevista Neto respondeu a todas as perguntas com clareza e tocou em temas como, Carlismo, governo Lula, governo Jaques Wagner, entre outros assuntos.

Online com Bruno Alves: Como o senhor define o Carlismo?
ACM Neto -
Vejo o carlismo como um modelo de administração que deu certo na Bahia. O modelo que sempre preferiu colocar nos cargos públicos pessoas competentes e qualificadas, e não meramente para preencher indicações políticas. O modelo da briga para se trazer recursos para a Bahia, a exemplo da montadora Ford. O modelo que saneou e equilibrou as contas do estado. Um modelo do qual muitos baianos sentem falta hoje. Claro que, do ponto de vista político, o carlismo, personificado na figura de Antonio Carlos Magalhães, teve o seu tempo. Antes, havia dois grupos de políticos na Bahia: aqueles contra e aqueles a favor de ACM. Hoje, a política é mais dinâmica. Mas acredito que os bons exemplos do carlismo devem ser mantidos por aqueles que de fato amam a Bahia.

Online com Bruno Alves: Em tempos que o Carlismo estava no poder político da Bahia, nós notávamos uma grande oposição do PT e demais partido de esquerda, oposição está que se dirigiam as ruas aproveitando muitas datas comemorativas como, 7 de setembro, 2 de julho entre outros. Por que oposição Democrata não chega às ruas?
ACM Neto - Discordo. Desde os tempos do PFL, o Democratas sempre participou desses atos cívicos, a exemplo do 2 de Julho, das homenagens ao Senhor do Bonfim. O senador Antonio Carlos Magalhães adorava esse contato com a população nas ruas, e fazia isso nesses momentos, sempre acompanhado por seu grupo político.


Online com Bruno Alves: O partido Democrata é um partido das elites?
ACM Neto -
Não. O Democratas é um partido jovem que está de acordo com os anseios da sociedade. Nossas bandeiras são bandeiras da sociedade como um todo, principalmente dos mais pobres. Nós lutamos pela redução de impostos e derrubamos a CPMF, por exemplo, um imposto que atingia a todos, dos ricos aos pobres, sem fazer distinção. Nós lutamos pela criação do Fundo Nacional de Erradicação da Pobreza, criado por ACM e que possibilitou o surgimento de programas como o Bolsa Família. Agora, estamos lutando pela aprovação da PEC 300, que vai aumentar o salário dos nossos policiais, e por mais recursos em segurança pública. E quem mais sofre com a violência? Os mais pobres, os mais humildes. Eu pessoalmente tenho destinado recursos para o aparelhamento das políciais na Bahia. O problema é que o governo Wagner não utiliza os recursos disponíveis para a segurança pública.


Online com Bruno Alves: É muito comum o comentário entre os eleitores dos partidos de oposição, principalmente os jovens que o senhor é um representante das elites econômicas do nosso estado. Como o senhor responde a esse comentário?
ACM Neto -
Nunca ouvi ninguém dizer que sou representante das elites, a não ser alguns petistas invejosos. Para mim isso é novidade. Quando ando nas ruas, as pessoas dizem justamente o contrário. O primeiro projeto que apresentei quando cheguei ao Congresso foi justamente o de conceder bolsas de estudos para que jovens de famílias humildes pudessem cursar a universidade. Ou seja, desde o primeiro momento penso em trabalhar por quem mais precisa. De modo que para mim esse seu argumento é descabido.


Online com Bruno Alves: Como o senhor vê o desempenho do governo Lula?
ACM Neto -
O presidente Lula tem seus méritos. Não é porque sou oposição que vou deixar de dizer isso. Ele teve o mérito de lutar contra a pobreza. Só que o próximo presidente tem que ter o mérito de manter isso mas com a visão de tentar superar a pobreza. É o que pensa José Serra (PSDB). Ele é a favor do Bolsa Família e vai até ampliar o programa. Mas vai lutar para que a pobreza e a miséria no país fiquem só na história, no passado.


Online com Bruno Alves: O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) é fruto de planejamento ou enganação?
ACM Neto -
É fruto da enganação. O PAC não passa de proproganda eleitoral do governo. Veja que, na Bahia, apenas 38% das obras do PAC estão em andamento. E o governo já lançou o PAC 2. De modo que o PAC é muito mais enganação do que realidade. O que é uma pena.

Online com Bruno Alves: A demora na definição entre José Serra e Aécio Neves para pré- candidato a presidência pelo PSDB, interferiu nos números da campanha eleitoral?

ACM Neto - Acredito que, a partir do momento em que Serra lançou sua pré-candidatura, ele tende a crescer. Pesquisa só reflete o momento. Veja que, uma semana depois de lançar sua pré-candidatura, o Datafolha do último sábado já mostrou Serra com dez pontos a frente de Dilma.


Online com Bruno Alves: O mensalão no governo Arruda (DEM-DF) pode interferir nas urnas?
ACM Neto -
Acredito que não. Em relação ao escândalo no DF, o Democratas agiu rápido. Iria expulsar o ex-governador Arruda, e só não o fez porque o ex-governador se desfiliou um dia antes, numa decisão unilateral. Eu mesmo dei várias entrevistas pedindo a expulsão daqueles que são filiados ao partido e que permanecessem no governo do DF, incluindo Paulo Octávio, que também preferiu se desfiliar do Democratas e renunciou ao governo. Claro que houve algum prejuízo para o Democratas, mas acredito que nós agimos na medida e no tempo certo, e o eleitor vai perceber isso. Não fizemos como o PT, cujo mensalão atingiu a cúpula partidária, chegou perto do Planalto e ninguém foi punido.


Online com Bruno Alves: O senhor é critico do governo Jaques Wagner. Quais suas insatisfações?
ACM Neto -
Poderia levar horas respondendo sua pergunta. O governo Jaques Wagner consegue ser pior do que o de Waldir Pires. Wagner tem feito um governo tão ruim que não consegue se firmar sequer como uma figura baiana, quanto mais nacional. Seu governo é medíocre e isso tem feito o povo sentir cada vez mais falta de ACM, que era uma figura reconhecida mundialmente pela luta em defesa da Bahia. De que forma o governador Jaques Wagner é reconhecido? Como o cidadão que permitiu que a violência tomasse conta da Bahia como nunca antes na história desse estado. Como o cidadão que fez com que a Bahia perdesse a posição de protagonista na atração de inestimentos para o Nordeste. Aliás, acredito que Wagner é mais popular em Pernambuco, que ocupou a posição de protagonista na atração de investimentos no Nordeste, do que na Bahia. Wagner também é o governador da dengue e da meningite, da pior educação do Brasil. Não que a Bahia do passado era perfeita. Nós cometemos erros sim, a exemplo de não ter valorizado os servidores públicos como eles deveriam. Mas aprendemos com nossos erros e vamos, nas eleições, apresentar um projeto que faça com que a Bahia volte a ser um estado que se destaque nacionalmente.


Online com Bruno Alves: Por que a Bahia esta com a taxa de homicídios superior a São Paulo?
ACM Neto -
Porque o governo Wagner não investe em segurança. Ano passado, o governo não aplicou sequer 25% dos recursos previstos para o setor em seu próprio orçamento. O governo Wagner também não vai a Brasília com projetos para combater o crime, e por isso não consegue mais recursos.


Online com Bruno Alves: Como se resolve o problema do crack em nosso estado?
ACM Neto -
Com repressão, educação e investimento em saúde pública. Veja que, se o governo protegesse as fronteiras, como fazia o governo Paulo Souto através das companhias independentes, as drogas teriam mais dificuldade em chegar às grandes, pequenas e médias cidades.


Online com Bruno Alves: Eu considero a educação como alicerce de qualquer nação que almeje ser grande. Por que a educação na Bahia não é levada com seriedade?
ACM Neto -
Por falta de prioridade política. Comecei minha vida pública como assessor na Secretaria de Educação e conheço bem essa área. Já está na hora de investirmos mais em educação e ousarmos mais. Sou um defensor, por exemplo, da educação em tempo integral. Como seria isso? Não quero a construção de grandes unidades de ensino onde os alunos permaneçam o dia na escola. Sou a favor de uma política que, num turno, faça com que os alunos aprendam as disciplinas curriculares e, no outro, tenham acesso a atividades de preferência fora da escola, como reforço escolar, práticas de esporte, atividades culturais e de lazer e que possam até começar a aprender uma profissão. Isso poderia ser feito se utilizando espaços em associações comunitárias, praças, parques, teatros, bibliotecas, cinemas, etc. Para isso, as prefeituras só precisariam bancar alimentação e transporte, e elas contam com recursos federais. Defendi essa proposta em minha campanha para prefeito de Salvador e continuarei defendendo como deputado federal.


Online com Bruno Alves: Nas últimas eleições a prefeitura de Salvador, o senhor acabou sendo eliminado no 1° turno e apoio o nosso atual prefeito João Henrique. Qual a participação Democrata nesta gestão?
ACM Neto -
Não condicionamos nosso apoio a cargos. Por isso, só temos mesmo a presidência da Saltur, o órgão que cuida do turismo. Estamos aqui para ajudar o prefeito sempre que ele nos chamar.


Online com Bruno Alves: A tragédia no Rio de Janeiro reacende uma antiga discussão sobre habitação irregular, que os fatos nos mostram que não foi levado a serio. Salvador sofre com problemas similares ao Rio de Janeiro. Como evitar que essa tragédia ocorra na capital baiana?
ACM Neto -
Através de ações de curto, médio e longo prazo, e com planejamento. Esse é um problema histórico e que precisa ser combatido de frente, com planejamento. Primeiro, é preciso enfrentar o problemas nas áreas consideradas de grande risco, fazendo obras de contenção ou mesmo retirando famílias. Depois, é preciso que se planeje as novas moradias na cidade. A prefeitura não pode permitir mais construções irregulares. O que falta em Salvador é mais planejamento.


Online com Bruno Alves: ACM Neto, o senhor é considerado por muitos críticos como o mais atuante da bancada baiana na Câmara Federal. A que se deve esse título e quais medidas o senhor já encaminhou ao nosso estado?
ACM Neto -
É porque tive o melhor percentual de execução de emendas nos últimos dois anos, e o fato de ter sido líder do Democratas ajudou a trazer mais recursos para a Bahia. Tenho muitas emendas para vários municípios, já que sou votado em toda a Bahia. Em 2008, por exemplo, dos R$8 milhões em emendas que apresentei para a Bahia, consegui empenhar algo em torno de R$6 milhões. Além disso, tenho solicitado emendas ao senador Antonio Carlos Júnior, a exemplo da que prevê a construção do novo aeroporto de Vitória da Conquista. Também tenho defendido emendas na bancada baiana, a exemplo da que visa reformar a Feira de São Joaquim. São muitas emendas, de modo que quem quiser acompanhar isso de perto pode fazê-lo pelo meu site, o http://www.acmneto.com.br/.


Online com Bruno Alves: Essas eleições estão sendo articulada nos bastidores, a ida de Cesar Borges para a chapa de Geddel muda muito o raciocínio de campanha DEM?
ACM Neto -
Nós já tínhamos descartado o apoio de César Borges quando o PR nacional fechou com Dilma. Isso porque temos compromisso com a candidatura de José Serra. Ou seja, o apoio de César a Geddel não mudou nada nosso raciocínio de campanha, como você chamou. Continuamos trabalhando para na hora certa anunciarmos nossa chapa completa, que será competitiva.


Online com Bruno Alves: Qual mensagem o Deputado Federal ACM Neto deixa ao publico do Blog Online com Bruno Alves?

ACM Neto - Espero que tenham gostado da entrevista. E quem quiser entrar em contato direto comigo é só fazer isso pelo Twitter. O meu endereço lá é o www.twitter.com/acm_neto.

domingo, 11 de abril de 2010

JOSÉ SERRA DÁ O TOM TUCANO NAS ELEIÇÕES 2010.


Finalmente foi realizado o lançamento da pré- candidatura à Presidência da República do ex-governador de São Paulo José Serra. Durante o lançamento ficou evidente que de início a campanha tucana será focada na apreciação de projetos e aproximação com as classes menos favorecidas da sociedade brasileira. Serra quer evitar como ele mesmo disse, “o nós contra eles” o que é usado pela candidata Dilma Roussef.

Parece-me que Serra percebeu que a popularidade de Lula, junto com a estabilidade econômica brasileira são fatos que não podem ser negados, contudo Serra afirma, “Não foram conquistas de um só homem ou de um só governo, muito menos de um único partido. Todas são resultados de 25 anos de estabilidade democrática, luta e trabalho. E nós somos militantes dessa transformação, protagonistas mesmo, contribuímos para essa história de progresso e de avanços do nosso país. Nós podemos nos orgulhar disso”. O que não é mentira. É de conhecimento de todos aqueles que buscam a razão política, que o governo Lula deu seguimento a vários programas construídos no governo de Fernando Henrique Cardoso, como por exemplo, o programa assistencial Bolsa Família, que se trata da unificação e ampliação de programas lançados no segundo governo de FHC, além de ser responsável por criar condições macroeconômicas para o crescimento consolidado na era Lula.

Outro detalhe a ser observado durante o lançamento da pré-candidatura de José Serra é que o mesmo sempre tenta exemplificar seus argumentos com fatos já realizados pelo mesmo. Como por exemplo, ao dizer “Eu quero ser o presidente da União”, Serra lembra que como ministro do governo FHC, conseguiu o apoio de todos para tirar do papel o seguro-desemprego, que beneficia sete milhões de brasileiros, além de recordar alguns de seus méritos, como a criação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e da Agencia Nacional de Saúde, entre outros. Ficou evidente a tentativa do ex-governador em comparar a sua trajetória política com a pré-candidata do PT Dilma Roussef.

O Senador Sergio Guerra pelo PSDB-PE nos mostra que o pensamento acima descrito já está em movimento ao afirmar que, “não dá para comparar nosso candidato com ela. Sem subestimá-la, sem diminuí-la, efetivamente ela é improviso, ela é improvisação. Não tem conteúdo para ser presidente do Brasil, não tem competências”. Uma pergunta ficar no ar, se vários grandes nomes do PT não estivessem se envolvido em escândalos será que Dilma Roussef seria candidata a presidência?

O próprio Serra já afirmou anteriormente em entrevista ao jornalista Luiz Datena, da Band, que “Lula está terminando bem o governo, contudo o presidente é insubstituível, ele não governa terceirizado”. Ou seja, Serra quer deixar bem claro para os eleitores que o governo Lula acaba no fim de seu mandato, independente de quem venha ganhar as eleições presidenciais.

Agora cabe aos eleitores escolherem entre Dilma Roussef, que afirma ser a continuidade do governo Lula ou José Serra que afirma ser o presidente da união.

Segue abaixo a cronologia do pré-candidato José Serra:

CRONOLOGIA DE JOSÉ SERRA
2006 - 2010 Eleito governador de São Paulo.
2004 Eleito prefeito de São Paulo.
2002 Candidatura presidencial. Perde para Luiz Inácio Lula da Silva.
1998-2002 Ministro da Saúde do governo FHC.
1994 Eleito Senador por São Paulo.
1995-1996 Ministro do Planejamento e Orçamento.
1996 Candidato a Prefeitura de São Paulo. Perde para Celso Pitta e Luiza Erundina.
1986-1994 Eleito e reeleito Deputado Federal por São Paulo.
1978 Retorna ao Brasil e a vida política.
1974-1978 Se exila nos Estados Unidos.
1973 Golpe de Pinochet no Chile. Ajuda pessoas fugirem para o Panamá sendo preso pelo exército Chileno.
1965-1973 Se exila no Chile após ação do DOPS na Ação Popular.
1965 Volta clandestinamente ao Brasil tentando reorganizar a Ação Popular.
1964 Discursa no comício da Central do Brasil com João Goulart. Exilado na Bolívia e após isso na França.
1963 Eleito presidente da União Nacional dos Estudantes com apoio do Partido Comunista Brasileiro.
1962 Eleito para a diretoria do Movimento Estudantil e inicia a Ação Popular
1960 Ingressa no curso de Engenharia Civil na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
1942 Nasce em São Paulo, no bairro da Moóca.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

CURTINHA DO DIA: TURISMO E HOTEL DA BAHIA EM DEBATE


Um emocionado discurso proferido por Clarindo Silva em defesa do Centro Histórico e do Hotel da Bahia, empreendimento que vai a leilão em razão das dividas acumuladas ao longo dos últimos anos, marcou a audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Câmara. O objetivo era debater o destino do hotel e o incremento do turismo em Salvador.

Tomado pela emoção, Clarindo lamentou o fechamento de mais de 50 estabelecimentos comerciais na área do Centro Histórico e chorou quando disse que “a rua do Gravatá virou depósito de lixo humano e de jovens consumidores de crack”. Disse que vem sendo ameaçado ao fazer a denúncia e pediu uma ação urgente das autoridades. “Basta! O Centro Histórico tem que sair da UTI”, implorou.

Texto retirado do Diário Oficial – 08 de Abril de 2010

CURTINHA DO DIA: ACM Neto fala sobre queda de arrecadação na Bahia


Em discurso no plenário da Câmara Federal, ACM Neto denunciou que a Bahia está prestes a perder a posição de quinta economia do país para Santa Catarina. Tudo por conta da incompetência do atual governo estadual. Com dados do Instituto de Auditores Fiscais (IAF) da Bahia, Neto mostrou que a Bahia teve o pior crescimento na arrecadação de ICMS do país. Veja o discurso acessando o www.youtube.com.br/deputadoacmneto ou http://www.acmneto.com.br/.

CURTINHA DO DIA: Chuvas em Salvador.


A Prefeitura de Salvador encaminhou nota oficial para alertar que nesta quinta-feira (8) a previsão é de que a forte chuva que atingiu o Rio de Janeiro chegue à Bahia. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia é possível que caia um temporal na capital baiana e o volume de água pode chegar a mais de 80 milímetros de precipitação.

As aulas na rede municipal de ensino foram suspensas. A Defesa Civil de Salvador já recebeu mais de 137 solicitações de emergência, até a manhã dessa quinta-feira.

Como já disse anteriormente, as chuvas sempre chegam. O problema é que nada é feito na tentativa de evitar as situações adversas que enfrentamos com a sua chegada. Parece ser mais atraente a discussão de obras grandiosas, como a ponte Salvador-Itaparica, que a busca da melhoria da qualidade de vida da nossa população.
A Codesal permanece com o plantão 24 horas da Operação Chuva, atendendo às solicitações pelo telefone gratuito 199.

Agora a pergunta fica no ar, por que em tempos que a retaliação era severa, nós éramos muito mais atuantes?

Tragédia no Rio de Janeiro



Infelizmente ao longo dessa semana estamos acompanhando os tristes acontecimentos no estado do Rio de Janeiro. As chuvas não dão tréguas a tiflose dos nossos governantes. É certo que o problema no RJ como na maioria das grandes cidades brasileiras são frutos de décadas de inabilidade na gestão pública, que não proporcionou um crescimento adequado as grandes cidades brasileiras.


Hoje lamentavelmente o Rio de Janeiro sofre pela falta de investimento urbano e habitacional. As chuvas chegaram, mas elas sempre chegam. O grande problema no Brasil, é que a maioria dos nossos gestores só olha para o morro, a favela, a comunidade carente, em épocas de eleição. Não preparam as cidades muito menos essas regiões para enfrentarem situações adversas como essa que vem ocorrendo no Rio de Janeiro. Enquanto isso nosso sofrido povo brasileiro, em especial o carioca, nesse momento, acumula perdas mais que matérias, perdem a vida.


É com total tristeza e descontentamento que estamos acompanhando as tristes notícias que afligem o Rio de Janeiro. A todo o momento os números de mortos e desabrigados aumentam, novos deslizamento insistem em ocorrer, as chuvas não dão trégua e a tragédia continua. No meio de tantas noticias negativa podemos testemunhar a valentia do povo brasileiro que em momentos de crises se multiplicam na tentativa de amenizar as perdas. A própria população carioca vem ajudando nas buscas e nas ações de salvamento, haja vista que os chamados são muitos e o corpo de bombeiros não chegam às localidades com facilidade, devido o caos no trânsito.


Nossos governantes se preocupam bastante com a imagem do Rio de Janeiro, pois a mesma é cede dos jogos Olímpicos em 2016 e da Copa do Mundo em 2014, onde os mesmos afirmam que o Rio está preparado. Que o Rio não está preparado é notório, contudo o mais importante nesse momento é se preocupar com o problema existente, problemas esses criados por eles mesmos. Não adiantar ficar no discurso que são décadas de atraso social, urbano e habitacional e não fazer nada para contornar essa situação, é necessário agir, não pensando apenas na copa e nas olimpíadas, mas sim no dia-dia do povo carioca e brasileiro.


A Defesa Civil divulgou na manhã desta quinta-feira (8) um total de 163 mortes em todo o estado no Rio desde o início da chuva na última segunda (5). Ainda segundo o órgão, 346 pessoas estão feridas, 6.001 desalojadas e 4.110 desabrigados. Pelo o boletim são 85 vítimas fatais em Niterói, 48 no Rio, 1 em Nilópolis, 26 em São Gonçalos, 1 em Petrópolis, 1 em Maricá e 1 em Magé.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

ENTREVISTA COM O EX-MINISTRO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL, GEDDEL VIEIRA LIMA.


O ex-ministro da Integração Nacional, licenciado do 5° mandato de deputado federal (PMDB-BA), e pré-candidato ao governo do estado da Bahia, Geddel Vieira Lima, 51 anos, cedeu uma entrevista ao Blog Online com Bruno Alves. Na entrevista Geddel tocou em temas polêmicos, como as comparações entre ele e o falecido Senador Antônio Carlos Magalhães, sua saída do governo Jaques Wagner, o aumento da violência na Bahia, entre outros assuntos.

Online com Bruno Alves - Em entrevista à revista Época em 2003 o senhor afirmou que gostaria que o PMDB atuasse como fez o PT na oposição, não participando do governo. O que fez o senhor mudar essa postura?
Geddel –
Quando eu disse isso, e já faz sete anos, o governo Lula estava no início e era uma incógnita para quem ainda não o conhecia suficientemente. Basta dizer que, na época, eu ainda acreditava que fosse ter uma postura oposicionista em relação ao governo Lula. Mas, aos poucos, fomos conhecendo melhor não apenas o presidente como o seu projeto para o Brasil. Com poucos meses de governo, os brasileiros começaram a conhecer o estilo do presidente, a sua maneira democrática de governar, a forma como conduzia a economia e, principalmente, os programas sociais do seu governo. Foi isso o que me fez mudar de postura, apoiar de forma determinada o projeto do presidente Lula e participar do seu governo.

Online com Bruno Alves- Como o senhor interpreta a frase dita pelo governador de São Paulo, José Serra, de que Lula está terminando bem o governo, mas que ele é insubstituível. Ele não governa terceirizado?
Geddel –
Concordo inteiramente com a primeira parte da premissa dele, quando reconhece o bom governo do presidente Lula. Eu diria, porém, que, apesar da qualidade do governo do presidente Lula, ninguém é insubstituível, ainda mais ele, que trabalha com base em um projeto definido, um projeto aprovado por cerca de 80% dos brasileiros e que tem gente preparada para dar continuidade. A ministra Dilma Roussef, pré-candidata do PT à Presidência, tem todas as condições não de substituir o presidente Lula, mas de sucedê-lo com qualidade e eficiência e de dar prosseguimento a esse belo projeto que vem transformando o Brasil e a vida dos brasileiros.

Online com Bruno Alves – Como o senhor analisa as comparações entre o senhor e ACM, referindo-se a um novo carlismo?
Geddel –
Bem, quem conhece minha trajetória política sabe o quanto eu combati o falecido senador Antonio Carlos Magalhães, bem como sabe o quanto fui alvo das perseguições políticas dele. Além disso, me dê um exemplo de alguma vez que eu tenha perseguido, batido ou xingado alguém, como costumava fazer o senador. Mas, naturalmente, não dá para negar alguns dos seus méritos. Ele era, por exemplo, um homem realizador, que decidia com rapidez, que sabia liderar e tirar obras do papel. Eu estou certo que é nisso que me acham parecido com ele.

Online com Bruno Alves – Em entrevista à revista Época em 2003 o senhor afirmou que a adesão ao governo de quem não participou da campanha é uma atitude aética. O que levou o senhor a deixar o governo Wagner?
Geddel –
Eu participei da campanha do então candidato Jaques Wagner ao governo da Bahia em 2006. Eu também o ajudei a tirar o carlismo do poder no estado e por isso participei do seu governo. Infelizmente, ao longo do tempo fui sentindo que o governo dele não tinha condições de executar o projeto a que se propôs e que foi apoiado pelo povo da Bahia. Os motivos que levaram o PMDB a deixar o governo da Bahia foram explicitados em uma carta entregue em mãos ao governador, que disse que não teve tempo de ler. Mas o fato é que o PMDB tentava andar num ritmo mais acelerado de realizações. Não foi possível e hoje o que vemos é isso, é a Bahia crescendo menos do que o Nordeste e muito menos do que estados como Ceará e Pernambuco.

Online com Bruno Alves – A falta de ação do governo Jaques Wagner e a sua submissão absoluta aos desejos do Planalto Central levaram a Bahia a perder para Pernambuco a liderança do Nordeste?
Geddel –
Não acho que seja submissão ao Planalto, mesmo porque se fosse a Bahia estaria bem melhor do que está. Se o governador da Bahia seguisse o modelo do Planalto, que é o modelo eficiente e realizador do governo do presidente Lula, estaríamos hoje em outra situação. O problema não é esse. O problema é de competência, de vontade e capacidade de fazer, é de saber montar uma equipe capaz de tocar os projetos.O governo da Bahia não tem projetos e nem corre atrás dos recursos de que o estado precisa para se desenvolver. É por isso que a Bahia perdeu a liderança no Nordeste.

Online com Bruno Alves – Por que a violência cresce tanto na Bahia?
Geddel –
Por vários motivos, dos quais o primeiro é a falta de prioridade que o governo do estado confere à área da segurança pública. Para você fazer uma idéia, de janeiro a setembro de 2009, o governo da Bahia gastou três vezes mais com propaganda do que com investimentos em segurança pública. É verdade que a área já não funcionava bem no governo anterior, mas além da tal herança de que o atual governo tanto reclama, existe a escassez de competência que é geral em toda a administração. A polícia baiana é desaparelhada, mal paga, al formada e mal treinada. Como pode combater bem a criminalidade.

Online com Bruno Alves: Ministro Geddel, a que se deve o crescimento do uso do crack não só na Bahia como em todo o país? E como o senhor observa a tentativa do governo Jaques Wagner em por a culpa no Crack pelo crescimento da violência em nosso estado?
Geddel –
Existem aí vários aspectos a observar, o primeiro dos quais é de que o problema é nacional, não é apenas da Bahia. O que é uma exclusividade baiana é gastar mais com propaganda do que com o combate ao crack e usar a propaganda cara para jogar no crack a culpa pelo recrudescimento da violência no estado. Aqui na Bahia não podemos dizer que o problema é novo, mas é inegável que nos últimos anos tomou proporções alarmantes. Hoje, nas grandes cidades e sobretudo em Salvador, existem várias cracolândias perto de cada um de nós, todos vêem. O que eu posso dizer é que eu fico indignado com a propaganda, espalhada por toda a cidade, dizendo que o crack é responsável por 80% dos homicídios aqui na Bahia. Mas de quem é a responsabilidade pelo combate ao crack? Da Secretaria da Segurança Pública da Bahia, é claro. Enquanto isso, a imprensa baiana registrou, que em 2009 houve uma queda de 17% no volume de apreensão de crack pela polícia baiana. Então éisso, investe-se em propaganda em vez de investir no policiamento, no combate à droga.

Online com Bruno Alves: Hoje o aumento da violência na Bahia encontra-se em destaque, contudo outros setores da administração pública no estado, como educação, saúde e moradia vivem situação complicada. Esses problemas são provenientes de governos passados ou o governo Jaques Wagner não vem sendo feliz na gestão do estado?
Geddel –
Essa história de herança maldita, de culpar administrações passadas pelos fracassos do presente tem que acabar aqui na Bahia. Os gestores que herdam problemas têm a obrigação de pelo menos tentar resolvê-los. Até porque, para conquistarem o voto do eleitor, eles prometeram soluções para esses mesmos problemas que hoje apontam como responsáveis pelos seus fracassos.

Online com Bruno Alves: Por que os constantes atrasos na obra do metrô? Já existe uma data para que o metrô comece a operar?
Geddel –
O metrô está assim por fatores que antecedem em muito a gestão do atual prefeito João Henrique. Faltou responsabilidade na prestação de contas, entrou o Tribunal de Contas na história e até hoje o problema persiste. Muito antes de ser ministro, como deputado federal representante dos interesses da Bahia, sempre defendi que o metrô é uma tarefa de todos os homens públicos baianos, independentemente do partido. Lutei como deputado e como ministro continuei essa luta. Recentemente, trouxe aqui o ministro das Cidades, Márcio Fortes e foram tomadas diversas providências, incluindo o exame da contabilidade da obra, no esforço de tornar possível que esse importante equipamento logo possa estar à disposição do povo de Salvador.

Online com Bruno Alves: O que o senhor espera encontrar nas eleições e qual será a linha da sua campanha ao governo do estado? Será o velho ataque ou apresentação de projetos?
Geddel –
Espero uma campanha bastante disputada e rezo para que essa disputa ocorra em um nível elevado, com a discussão civilizada de propostas para que o eleitor julgue a melhor. É claro que uma campanha eleitoral é um embate político e críticas poderão surgir de lado a lado, mas estou certo de que estaremos tratando com adversários, não com inimigos. Da minha parte espero que seja uma campanha propositiva, que mostre ao eleitor as idéias e projetos que o PMDB tem para construir uma Bahia melhor e mais justa.

Online com Bruno Alves: Que mensagem o ministro Geddel deixa ao público do blog Online com Bruno Alves?
Geddel –
A mensagem que deixo ao público do seu blog e aos baianos é a de sempre. Sou, como nunca deixei de ser, uma pessoa otimista. Tenho fé no trabalho, tenho fé no futuro e tenho fé na Bahia.