sábado, 15 de agosto de 2009

A crise é de Sarney, não do Senado Federal do Brasil.


É necessário mudar a forma de fazer política no Brasil, e isso só será possível com a participação de todos, principalmente dos jovens ou continuaremos “deitados eternamente em berço esplêndido”, parece-me que a opinião pública não preocupa nossos políticos em sua maioria, salvo em anos eleitoreiros. Os acontecimentos recentes no Senado Federal são mais um exemplo dessa conjuntura.


A continuidade do presidente do senado, José Sarney é um afronto a opinião pública que vem acompanhando esses tristes fatos que emanam no senado brasileiro. O palco da democracia brasileira virou um verdadeiro campo minado, onde ao invés de minas terrestres existem discursos nervosos, olhares furiosos, onde o decoro parlamentar simplesmente é deixado de lado. O senado está dividido entre os que apóiam a saída de Sarney e aqueles que o defendem ferozmente, a famosa tropa de choque. Que entre outros temos o senador Renan Calheiros envolvido em uma série de escandalos em 2007, onde foi absorvido mesmo com a recomendação do Concelho de Ética, de que fosse caçado, e o senador Fernando Collor de Mello ex-presidente do Brasil, que foi ao impeachment após se envolver em vários esquemas fraudulosos, entre eles o de PC. Hoje Collor pede de forma descontrolada que respeitem seu nome quando for pronunciado.


Não podemos confundir, a crise é do presidente do senado e não do Senado Federal do Brasil, que é um palco da democracia que infelizmente vem sendo utilizado de forma infortuna, mas não deixa de ser um símbolo da democracia brasileira, e vale lembra que os senadores ali presentes foram selecionados por nós, então se algo há de errado somos os primeiros culpados. Collor não voltou ao senado sozinho. Por isso digo ser necessária uma maior participação de todos e o surgimento de novos políticos, pois só assim iremos mudar essa situação atual.


Nesta quinta-feira (13) nove estudantes, fizeram uma manifestação contra o presidente do senado José Sarney, apenas com uma faixa com a frase “fora Sarney”, ficaram detidos por três horas. Uma manifestação pacifica! Segundo reportagem publicada no site G1, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) foi um que intercedeu em favor dos estudantes junto a policia do senado. Segundo ele, o primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), pediu que a liberação fosse rápida, mas o presidente do Senado teria pedido que a polícia realizasse todos os procedimentos, inclusive com a tomada de depoimento e encaminhamento posterior da questão à Justiça. O que deveria ocorre com o próprio presidente do senado, liberar o cargo e realizar todas as investigações pelo qual o mesmo é acusado.


Espero que o caso Sarney, não seja abafado pelas acusações ao senador Marcelo Crivella, da Igreja Universal, ambos os casos devem ser investigados, espero também que o senado brasileiro volte a ser palco da democracia, votando e discutindo questões pertinentes ao país, e que a sociedade brasileira fique atenta aos acontecimentos e saia deste estado de anestesia, que vem gerando calmaria entre alguns de nossos políticos no que diz respeito à opinião pública. E fica a pergunta: por que os mandatos dos senadores são de oito anos?

terça-feira, 4 de agosto de 2009

INSEGURANÇA, mais um problema que aflige o Pelourinho.



A insegurança no Pelourinho e todo seu entorno vem afastando cada vez mais visitantes e turistas da região, que tanto vem sofrendo com o abandono e o descaso do governador Jaques Wagner e o prefeito João Henrique Carneiro.


É fato que o Pelourinho não oferece a mesma segurança de anos passados, onde no governo de Antônio Carlos Magalhães chegou a ser o metro quadrado mais policiado da Bahia. O senador não foi uma unanimidade, mas seus serviços prestados a Bahia falam por se só o amor que o mesmo tinha pelo nosso estado, e o Pelourinho é um exemplo disso.


Hoje os problemas de insegurança fazem parte do cotidiano do Pelô e todo seu entorno, pequenos delitos são realizados diariamente, a cena de pessoas roubadas se repetem, as principais vitimas são todos aqueles que por algum momento são levados pela distração, seja homem ou mulher, jovem ou idoso, qualquer descuido é o suficiente para a marginalidade agir e fazerem novas vitimas. Com esse quadro se esperava que investimentos fossem feitos no intuito de melhorar o caos existente, porém o que se ver é o oposto. O número de policias nas ruas do Pelourinho só faz diminuir, durante a noite essa redução é bem mais visível o que vem transformando o Pelô em um espaço diurno, se a circulação pelo dia já não é atraente, a noite chega a ser frustrante.


Os freqüentadores do Pelourinho fazem várias queixas, e a maior delas é em relação à insegurança, mas não para por aí. Acesso alterado freqüentemente, estacionamento, assédio dos ambulantes e pedintes, limpeza, banheiros públicos, e pode acreditar o verdadeiro canil a céu aberto que virou a Praça da Sé.


Pode parecer repetitivo e enfadonho a insistência em temas voltados ao Pelourinho, porém o meu desejo e espero ser o desejo de todos, é que o Pelourinho volte a ser o “Pelô” que chamou a atenção do Brasil e do mundo, voltando a atrair o público local, turistas nacionais e estrangeiros.


A Bahia é um dos principais destinos turístico do país, ao lado do Rio de Janeiro e São Paulo, o que é um fato e uma conquista do nosso estado pelo qual o Pelourinho e o projeto de revitalização do Centro Histórico de Salvador, iniciado pelo então governador Antônio Carlos Magalhães, tem uma grande parcela de responsabilidade por esses números positivos. Porém o que mais acontece hoje com os turistas ao chegar a Salvador pelo Aeroporto Internacional Deputado Luis Eduardo Magalhães, é partir em direção ao litoral norte da Bahia, o Pelourinho até de passagem não chama mais atenção como antes, onde visitar o Pelô era um destino quase “obrigatório” de todos os turistas que visitavam nosso estado.


Espero que ações sejam tomadas e que reflitam no dia-dia dos freqüentadores, turistas e comerciantes do Pelourinho e não apenas em visitas de representantes de outras nações, como ocorreu com o presidente de Cuba Raul Castro, se é possível mudar um dia, isso me alegra, pois demonstra que para mudar essa situação basta apenas vontade e atitude política.


Em reportagem exibida pelo Correio da Bahia, um jornal baiano de grande circulação, o prefeito João Henrique afirmou que vai tomar medidas para mudar a situação da área. “Tem uma hora que eu tenho que dizer ‘chega! ’ sou responsável por essa cidade” declarou João Henrique (Correio da Bahia, 2 de agosto de 2009).


É certo que o melhor momento para dizer que é responsável pela cidade é na ocasião de posse da mesma, essa declaração tardia, no mínimo nos mostra que nossos apelos estão corretos e devemos continuar com essa fiscalização, pois apenas com palavras não se resolve essa problemática que aflige o Pelourinho, mas sim com ações que promovam a reabilitação dessa região. Espero que não sejam apenas palavras jogadas ao vento, mas sim a retomada dos olhares dos nossos governantes ao Pelô que até então vive esquecido pelos mesmos. Em relação ao nosso governador, parece continuar fazendo vista grossa para essa situação.






Queria aqui também agradecer ao Jornal Correio da Bahia pelas matérias publicadas ao longo da semana passada, e solicitar que essa “fiscalização” continue, pois só assim conseguiremos resolver esta situação.

sábado, 1 de agosto de 2009

César Cielo, mais um herói brasileiro.



Em um país onde o apoio aos esportes olímpicos é quase nulo, a conquista de César Cielo é mais que uma vitória de um atleta, mais sim um fato heróico e digno de aplausos. A conquista de César Cielo é no mínimo emocionante, suas lagrimas representam o esforço e o sacrifício realizado para chegar a essa posição.









Cielo que iniciou sua carreira no Esporte Clube Barbarense, na cidade paulista de Santa Barbara d’Oeste onde nasceu, chamava atenção e transferiu-se para o EC Pinheiro, onde treinou por dois anos ao lado de Gustavo Borges, sua referência na natação, mas sua transferência para Auburn, nos Estados Unidos, onde treina até hoje, foi fundamental para a evolução do atleta, que começava a se destacar ao cenário nacional, ao quebrar o recorde sul-americano de Fernando Scherer nos 100 metros livres, sua conquista olímpica nos 50 metros livres, foi o cartão de visita de Cielo para o mundo.


Hoje Cielo é o nadador mais rápido do planeta, o único nadador ao lado de Alexander Popov como campeão olímpico e mundial da mesma prova em forma consecutiva.


Mais uma vez Cielo desperta o interesse pela natação em vários jovens brasileiros, e mostra a todos o fator de superação como agente transformador do individuo, porém é importante frisar que o governo tem como obrigação incentivar e fomentar o esporte olímpico no Brasil, que tanto sofre com o abismo social.


É uma pena que o esporte olímpico no Brasil só seja comentado e visto com seriedade pelos governantes nas olimpíadas, os meios de comunicação brasileiros vêm fazendo sua parte, ao transmitir os eventos esportivos das modalidades olímpicas, antes esquecidas em anos não olímpicos.


Apesar da falta dos incentivos dos governos, federais, estaduais e municipais nossos atletas sempre vêm nos surpreendendo. O que falar de Diego Hipólito, um atleta que como o mesmo diz: “que qualquer país no mundo queria ter e o Brasil tem e não dá valor.” O atual campeão do mundo no Solo, até hoje vem sofrendo com salários atrasados no seu clube o Flamengo, que é um dos poucos que ainda investe no esporte olímpico no país, falta de patrocínio e apoio do governo. Esse é apenas um de vários casos que podemos citar.







Esse momento é de comemoração, bate no peito Cielo você cravou seu nome na história da natação mundial e serve como exemplo para muitos jovens buscarem o seu lugar ao sol, ao governo brasileiro mais uma vez cabe a oportunidade de mostrar que tem orgulho de seus atletas, pois os mesmo já mostram que tem orgulho pelo seu país, Brasil!!!